Cidade registrou vários pontos de alagamento e está em estado de alerta, pois há previsão de mais chuvas durante o final de semana. A defesa Civil monitora os pontos mais críticos
Defesa Civil está em estado de alerta por haver risco de mais chuvas e alagamento aumentar ( Dominique Torquato/ AAN)
A chuva que atingiu Monte Mor e região nos últimos dias transbordou o Rio Capivari e a cidade registrou vários pontos de alagamento. Apesar da chuva, a Defesa Civil não registrou nenhuma ocorrência de casas inundadas ou famílias desabrigadas. No entanto, o órgão está em estado de alerta, uma vez que a previsão meteorológica aponta para mais chuvas até o final de semana. Por isso, a Defesa Civil fará um monitoramento nos locais mais críticos da cidade. Os bairros que terão prioridade são Chácaras Pindorama, Chácaras Planalto, Vila Possato, além do Jardim Progresso e Jardim Capuavinha. Sobreaviso "A chuva foi mediana, em torno de 80 milímetros nas últimas 72 horas. Mas a chuva que influencia o nível do rio em Monte Mor é a que cai em Campinas. Estamos com nosso pessoal de sobreaviso para qualquer situação e temos cinco áreas com risco de enchente, todas próximas ao Rio Capivari", explicou o secretário de Defesa Civil de Monte Mor, Adelício Paranhos. Segundo ele, o órgão está criando um grupo no aplicativo WhatsApp, que será composto pelos moradores das margens do rio. Eles serão avisados pela ferramenta quando houver ameaça de enchente. "Estamos criando uma ferramenta de WhatsApp chamado 'Defesa Civil em Ação'. Estamos catalogando todos que moram próximo ao rio e serão avisados das adversidades", contou. Um dos mais afetados Um dos bairros mais afetados pelos alagamentos em Monte Mor foi o Jardim progresso, localizado às margens da Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101). O campo de futebol do bairro ficou debaixo d'água e se transformou em uma piscina. A ponte que dá acesso ao bairro Jardim Capuavinha ficou interditada e poucos motociclistas e ciclistas se arriscavam a passar pelo local. Pedestres eram obrigados a dar a volta pela rodovia para conseguir se deslocar ao trabalho. No mesmo bairro, as águas do Rio Capivari invadiram a rua e por pouco não entraram nas casas. Na área central, a Rua Siqueira Campos e a Praça Alaíde Quércia também ficaram alagadas. Túnel fechado Morador do Jardim Progresso, o aposentado Olésio Gomes, de 61 anos, atribuiu o alagamento às obras viárias realizadas na cidade, que segundo ele fecharam um túnel que servia de escapa para a água da chuva. "Moro no bairro há 30 anos e essa não foi uma das piores chuvas que vi. Mas tem um túnel aqui em cima que dava vazão, mas tamparam e agora a água desce para cá. O rio está em cheio, mas graças a Deus a água não entrou na minha casa", contou. Os amigos Diego Andrade, de 19 anos, e Rafael Pereira, de 17 anos, atravessaram a ponte ao Jardim Capuavinha de bicicleta. Pedestres que se atreveram a passar pela ponte ficaram com a água nas canelas. Eles moram próximo ao campo de futebol e lamentam o estado impraticável que ficou a área de lazer. Segundo os amigos, são recorrentes os alagamentos na região. "Toda vez que chove fica assim. Não chegou a entrar água nas casas, mas chegou até a calçada. Agora vamos ter que esperar até amanhã (hoje) para usar o campo", afirmou Pereira.