alimentação fora de casa

Retomada de bares e restaurantes em Campinas é superior à da RMC

Consumo fora de casa deve crescer 35,2% na cidade este ano

Do Correio Popular
25/05/2022 às 09:22.
Atualizado em 25/05/2022 às 09:22
Movimento nas padarias apresenta crescimento, após grande queda provocada pela pandemia da covid-19 (Kamá Ribeiro)

Movimento nas padarias apresenta crescimento, após grande queda provocada pela pandemia da covid-19 (Kamá Ribeiro)

Os moradores da Região Metropolitana de Campinas (RMC) devem gastar R$ 6,1 bilhões este ano com alimentação fora de casa, alta de 20,6% em comparação a 2021, de acordo com estudo anual sobre Intenção de Consumo realizado pela empresa IPC Maps. Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel Regional Campinas), Matheus Mason, a pesquisa mostra a retomada dos bares, restaurantes, padarias, cafés e outros estabelecimentos do setor após a queda no movimento provocada pela pandemia de covid-19.

O aumento em Campinas deverá ser superior à média da RMC, de acordo com o estudo. No município, o consumo fora de casa é estimado este ano em R$ 1,95 bilhão, crescimento de 35,2% em comparação a 2021. 

Apesar da perspectiva positiva, Mason aponta que o aumento de consumo não refletirá diretamente em maior lucro. "Vivemos um período conturbado, com inflação alta, aumento de custos dos produtos e tarifas, que acabam corroendo os caixas das empresas, já que é impossível repassar toda a alta inflacionária para os preços, sob risco de afugentar os clientes", justifica. 

De acordo com o estudo, somente a alimentação fora de casa somará R$ 4,87 bilhões na RMC. Já o consumo de bebidas deverá chegar a R$ 1,04 bilhão.

"Estávamos no fundo do poço e começando a escalada, enxergando um foco de luz para o setor, o que é uma boa notícia", afirma Sergio de Simone, proprietário de restaurante em Campinas. 

O diretor de uma rede de fast food, Roger Antonio Domingues, aponta crescimento este ano. "Estamos crescendo de forma consistente, de mês a mês, com uma taxa mensal em torno de 9%, o que dá mais de 50% ao ano, o que é muito alto e bom", disse.

Hotéis e turismo

Outro estudo do IPC Maps aponta alta de 22% este ano nos setores de hotelaria e turismo da RMC, que devem movimentar R$ 1,77 bilhão. De acordo com a empresa, os turistas gastaram R$ 1,45 bilhão em 2021. Para o presidente do Campinas e Região Convention & Visitors Bureau (CRC&VB), Vanderlei Costa, o turismo de negócios continua sendo o principal segmento na RMC, mas a área de lazer está em crescimento. Ela já representa 20% do faturamento total, com movimento principalmente nos finais de semana, feriados e férias. 

"Um dos legados da pandemia para o turismo nacional foi a mudança de hábito das famílias, com a incorporação de viagens mais curtas e próximas como destino de lazer. Essa nova postura também refletiu nos setores hoteleiro e gastronômico da RMC, onde o chamado turismo de lazer ganhou impulso", afirma. Para ele, os "moradores e turistas passaram a valorizar e descobrir ainda mais as atrações regionais, aumentando os passeios mais próximos e hospedagens em hotéis nos finais de semana, feriados prolongados e férias".

Segundo o Convention Bureau, esse público movimenta o setor hoteleiro em um raio de até 100 quilômetros. Muitos turistas são atraídos por eventos, como a Expoflora, shows, rodeios e acabam prolongando a estadia por, pelo menos, mais um dia para conhecer as atrações turísticas e o polo gastronômico das cidades onde estão hospedados.

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