Medida para a Grande São Paulo é a mesma tomada em Campinas
Represa da Sabesp localizada na cidade de Vargem: população engajada ( Dominique Torquato/AAN)
A partir de hoje, a retirada de água do Sistema Cantareira para abastecer a Grande São Paulo será reduzida de 30 metros cúbicos por segundo para 27,9 metros cúbicos por segundo. O volume representou uma diminuição de 7%. Desde a última quinta-feira, a mesma medida foi adotada na região de Campinas. O corte foi de 4 metros cúbicos por segundo para 3 metros cúbicos por segundo. O declínio significou 25% a menos de vazão. A medida tenta elevar o nível dos reservatórios durante a pior crise hidríca das represas que formam o sistema desde a década de 1930. No mês de fevereiro, o consumo de água em Campinas teve um recuo de 6%, que representou 23 mil metros cúbicos. A quantidade de água economizada em fevereiro em relação a janeiro é suficiente para abastecer uma população de 100 mil pessoas durante um dia. As ações tomadas pelas autoridades em conjunto com a conscientização da sociedade para evitar o desperdício de água têm como objetivo garantir que a região de Campinas e a Grande São Paulo tenham condições mínimas de abastecimento durante o período de estiagem. O quadro atual é reflexo da quantidade de chuvas bem abaixo da média histórica durante o Verão deste ano. Com as chuvas deste final de semana, o sistema se estabilizou e parou de baixar como aconteceu nos últimos dias. A redução da vazão para as regiões de Campinas e São Paulo foi determinada pela Agência Nacional de Águas (ANA) e Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee) na semana passada. Os órgãos definiram ainda a suspensão temporária da emissão de autorizações de novas captações de águas superficiais e subterrâneas nas bacias dos rios Jaguari, Atibaia e Juqueri. Na região de Campinas, há cidades que implantaram o racionamento de água. Na visão do diretor técnico da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), Marco Antônio dos Santos, a diminuição da vazão não surtirá efeito imediato, mas era uma medida necessária para evitar por mais tempo o uso do chamado volume morto do Sistema Cantareira. De acordo com o governo estadual, essa água fica nos reservatórios, mas está situada abaixo do nível das comportas e dos túneis que interligam as represas. O governo do Estado inicia nesta semana as obras civis para a utilização dessa água. “A redução vai contribuir para evitar por mais tempo a utilização do chamado volume morto do sistema”, disse. O diretor ressaltou que a contribuição da região é maior do que a estabelecida para a Grande São Paulo. “A redução da vazão para a região foi de 25%. Na Grande São Paulo, não chegou a 10%” , apontou. Santos comentou que a captação no Rio Atibaia neste final de semana transcorreu dentro da normalidade. Economia A maior preocupação das autoridades agora é com o período de estiagem. O diretor disse que em fevereiro comparado com janeiro houve uma queda de 6% no consumo. “O volume representou 23 mil metros cúbicos de água. A quantidade é suficiente para abastecer uma população de 100 mil pessoas por um dia” , comentou. Santos ressaltou que é importante à população que se engaje na economia de água. “Um volume adequado de consumo per capta é de 150 litros por pessoa por dia. A média em Campinas é de 200 litros por pessoa ao dia” , detalhou. Veja também Chuvas estabilizam nível de água do Cantareira O volume de água do sistema subiu mais de 0,1 ponto percentual e chegou a 16,1% neste domingo Nível do Sistema Cantareira volta a subir neste domingo Depois de baixa histórica, o volume armazenado no Sistema Cantareira subiu para 16,1% neste domingo Sabesp suspende consumo mínimo de empresas Comércio e indústria que consomem mais de 500 mil litros por mês foram chamados a ajudar na tentativa de evitar racionamento Após chuvas, nível do sistema Cantareira sobe O nível do Sistema Cantareira subiu para 16% da capacidade total das reservas neste sábado