HISTÓRIA

Restauro de monumento custa R$ 80 mil

Escultura de Campos Salles precisa de limpeza e intervenções para consertar trincas e apagar pichação

Rogério Verzignasse
rogerio@rac.com.br
28/06/2013 às 10:29.
Atualizado em 25/04/2022 às 11:02

O imponente monumento em homenagem ao ex-presidente Campos Salles, o mais ilustre político campineiro da história, precisa de investimentos da ordem de R$ 80 mil para ser restaurado. A estimativa é de arquitetos que elaboram, voluntariamente, um laudo técnico sobre as intervenções necessárias na obra, bastante degradada pelo vandalismo e pela falta de manutenção no decorrer das últimas décadas.

A vistoria feita ontem constatou deficiências sérias. Os rejuntes do monumento estão comprometidos e facilitam a infiltração. As esculturas estão todas trincadas, pichadas e riscadas. Peças foram roubadas. O bronze tem manchas esverdeadas por causa da oxidação provocada pela chuva e pela poluição. E a recuperação do monumento será feita em etapas, à medida que surgirem patrocinadores.

O levantamento foi elaborado pelos arquitetos Marcos Tognon e Ronald Tanimoto, representantes de dois grupos formados por especialistas em preservação do patrimônio histórico.Ontem, os arquitetos fizeram moldes de silicone da única adaga de bronze remanescente na obra. O trabalho será a base para a fundição de outras duas peças para serem colocadas no lugar das adagas que foram roubadas. Para evitar novos furtos, elas terão hastes alongadas e fixadas. De acordo com Tanimoto, a prova de silicone permite que a fundição produza peças com a mesma volumetria. “Se a última adaga fosse roubada, a gente não teria mais um registro histórico dos traços originais. Com o molde, as novas peças serão idênticas às roubadas”, falou. Já existe uma empresa que vai se responsabilizar pela fundição das adagas.

Mas os arquitetos procuram novos parceiros para etapas seguintes.

Para Tognon, é preocupante a situação atual dos rejuntes entre as esculturas e o concreto. Os historiadores lembram que as peças gigantescas de bronze foram removidas do Largo do Rosário em 1950 e transferidas, uma a uma, para o começo da Avenida Campos Salles. O detalhe é que a reinstalação não foi feita com a argamassa apropriada e os rejuntes foram desmanchando com o tempo. A água das chuvas entra pelos vãos e toma as esculturas ocas. “Temos de refazer os rejuntes do monumento inteiro”, diz.

O arquiteto disse que, após a limpeza, será necessária a aplicação de produtos químicos que poderão facilitar a remoção de futuras pichações. O grupo também identifica pontos das esculturas em que a água fica acumulada. Preocupam, ainda, as rachaduras profundas, como a que toma a perna esquerda da imagem do ex-presidente. As trincas mais sérias vão desaparecer depois da instalação de ligas de concreto. O projeto de restauro envolve toda a praça do monumento. Para evitar ações de vândalos e a presença de moradores de rua, existe a possibilidade de instalar gradis ou divisórias de vidro.

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