LUTO

Repórter fotográfico Sidnei Pitoco morre em Campinas

Pitoco tinha uma doença degenerativa e não resistiu aos tratamentos. O enterro aconteceu neste domingo (17), no Cemitério da Saudade

Da Agência Anhanguera
17/05/2015 às 12:39.
Atualizado em 23/04/2022 às 13:30
O repórter fotográfico Sidnei Pitoco morreu neste sábado (16), aos 59 anos. Eler
trabalhou durante anos no Diário do Povo ( Reprodução)

O repórter fotográfico Sidnei Pitoco morreu neste sábado (16), aos 59 anos. Eler trabalhou durante anos no Diário do Povo ( Reprodução)

Campinas perdeu um dos mais importantes nomes do fotojornalismo. Sidnei Barbosa de Almeida, de 59 anos, mais conhecido como Sidinei "Pitoco" faleceu no sábado (16) em Campinas, após um longo período internado no hospital Beneficência Portuguesa. Pitoco tinha uma doença degenerativa e não resistiu aos tratamentos. O enterro aconteceu neste domingo (17), no Cemitério da Saudade, e muitos amigos da fotografia e amantes do seu trabalho compareceram no velório.Sidnei trabalhou durante muitos anos no Diário do Povo como editor de fotografia. Querido entre os colegas e conhecido também por ser uma pessoa irreverente nas redações por onde passou, o profissional começou cedo na carreira dos registros diários. Uma de suas primeiras fotografias foram para o extinto Jornal de Hoje, onde além de fotógrafo trabalhava como laboratorialista.Sua esposa, Iracema Maria Mathias de Almeida, de 58 anos, recorda-se que foi para o Jornal de Hoje que Pitoco fez uma de suas principais coberturas jornalísticas. "Ele foi cobrir a rebelião no presídio do São Bernardo e, juntamente com Wanderley Dona (conhecido repórter policial em Campinas), foram os únicos a entrarem no presídio assim que a rebelião acabou" , lembra Iracema. Algumas fotos de Pitoco foram destruídas pela polícia, segundo a esposa, pois revelavam que presos haviam sido mortos, inclusive do preso Tigrinho, nome conhecido no crime.Como editor de fotografia e trabalhando em um laboratório de foto na Rua Álvares Machado, Sidnei Pitoco conheceu muitos profissionais consagrados na fotografia e também ajudou a revelar outros nomes. Dentre os parceiros destacam os fotógrafos Nerivelton Araújo, Élcio Alves, entre tantos outros. "Campinas perdeu um dos grandes nomes da fotografia, e que foi referência na cobertura diária no fotojornalismo" , declarou o fotógrafo do Grupo RAC, Élcio Alves. Pitoco foi um dos primeiros profissionais da fotografia a ganhar o título de honra ao mérito pela Câmara de Campinas.Em casa, os filhos disseram que Pitoco era pai presente e que se dedicava todo o tempo em que estava descansando aos filhos e a esposa. "Sempre guerreiro e sempre presente" , destacou o filho Adriano. Além dele, Pitoco deixou Sidnei Júnior, Ana Maria, Ana Cristina, Raphael e Gabrielle. Todos os filhos acompanharam a luta do pai desde o primeiro AVC, sofrido em 2000, e no segundo em 2003. Há quatro meses o quadro do repórter fotográfico se agravou e ele não resistiu.

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