Partido dos Trabalhadores deu a largada para o processo que definirá o novo presidente da legenda
Renato Simões e Valter Pomar, que foram secretários no governo de Izalene Tiene (2001-2004) estão na disputa com mais quatro candidatos ( Cedoc/RAC)
Renato Simões e Valter Pomar, que foram secretários no governo de Izalene Tiene (2001-2004) disputam com mais quatro candidatos a presidência nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). O PT deu a largada para o processo eleitoral que definirá o novo presidente da legenda. Os seis candidatos ao posto se reuniram nesta segunda-feira (26), em São Paulo para o primeiro debate público. Ao todo, serão realizados 27 encontros até o próximo dia 11 de novembro, data da eleição. Além de Pomar e Simões, disputam o Processo de Eleição Direta (PED) o atual presidente nacional da sigla, deputado estadual Rui Falcão, o dirigente Markus Sokol, o deputado federal Paulo Teixeira (SP), e o dirigente Serge Goulart. Mensalão Os dirigentes petistas reconhecem que o PED começa em um momento delicado para o partido devido à etapa final do julgamento do mensalão em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). "Estaremos muito expostos. Vamos sofrer um momento de pressão, mas vamos mostrar a verdadeira face do julgamento. Vamos para a base mostrar nossa posição", afirmou Frateschi. Segundo o secretário de comunicação, os réus do mensalão não estão inscritos na chapa que concorrem ao PED por opção própria. "O (ex-ministro José) Dirceu foi consultado e disse que não queria ficar. O (ex-deputado José) Genoino abriu mão e o (deputado) João Paulo Cunha está terminando curso de direito", explicou Frateschi. Nenhum dos três está presente no debate desta segunda. Por fim, Frateschi afirmou que Dirceu "não precisa de nenhum cargo" para fazer política. "O Dirceu tem influência muito grande no partido." Os recursos apresentados pela defesa do ex-ministro devem ser analisados nesta semana pelo STF. No primeiro bloco do debate, os candidatos de correntes consideradas mais radicais do PT criticaram o julgamento do mensalão e pediram a restrição das alianças para 2014. O dirigente e candidato Serge Goulart chegou a pedir que o PT não se alie com PMDB, PDT e PSB.