Remédios para doenças graves estão em falta

Dos 300 medicamentos disponíveis na rede pública de Saúde de Campinas, 21 estão em falta. Segundo informações do governo do prefeito Jonas Donizette (PSB), entre os motivos da ausência dos remédios estão problemas com fornecedor e dificuldade na compra em razão da falta de matéria-prima. O problema afeta pacientes e prejudica, principalmente, os que tratam de doenças graves, como é o caso da aposentada Maria Inês Boccati, de 64 anos. A recomendação médica é que ela tome comprimidos de Anlodipino 5 mg - indicado para tratar o coração. Ela afirma que o medicamento está em falta há mais de dois meses no posto do bairro Costa e Silva, onde mora. "Preciso tomar quatro comprimidos por dia, mas com a falta do remédio no postinho eu preciso comprar e, como não consigo comprar a quantidade que eu preciso, então só tenho tomado um por dia", explica. Maria Inês também compra o remédio para a mãe, de 85 anos, que usa a mesma medicação. A aposentada afirma que há uma lista enorme de medicamentos em falta no Posto de Saúde do bairro. O Correio foi até o local e conferiu a lista colada na parede da unidade. De acordo com a Secretaria de Saúde de Campinas, existe uma lista disponível no site da Prefeitura com a relação dos medicamentos que estão em falta: http://remedios.campinas.sp.gov.br A listagem informa também qual o prazo de regularização e quais dos remédios em falta estão disponíveis na Farmácia Popular por preços baixos ou mesmo de graça. A Cefalexina 250 mg/ 5ml por exemplo, em falta na rede pública, está disponível para compra na Farmácia Popular ao preço de R$ 4,96 para o frasco de 60ml. Mas há remédios que estão em falta desde o ano passado e que não estão disponíveis na Farmácia Popular. É o caso do Carbonato de Cálcio 1250 mg - utilizado no tratamento de desmineralização óssea pré e Osteoporose - em falta desde 2015, segundo a empregada doméstica Rose Pereira da Costa, atendida no Centro de Saúde do Jardim Aurélia. "Não encontro esse remédio faz uns seis meses", afirma. O prazo de reposição no site da Prefeitura é estimado para 30 dias. A Secretaria de Saúde informa que parte dos remédios pode ser encontrada na Farmácia Popular ou pode ser substituída por outros medicamentos, desde que o paciente passe por orientação médica. "Outro medicamento que não está disponível no Centro de Saúde do Costa e Silva é o Omeprazol (usado para tratar gastrites e problemas no estômago)" afirma Maria Inês. O remédio não aparece na lista dos medicamentos em falta da Prefeitura. A Secretaria esclareceu que se o medicamento não estiver na lista disponível no site, pode ser um problema pontual de abastecimento da unidade de saúde. Para isso, existe uma ferramenta no site que indica os centros de saúde que têm o remédio disponível. A pasta explicou também os medicamentos que não estão disponíveis no estoque no almoxarifado - que é onde os medicamentos ficam guardados. Eles podem ser consultados no seguinte endereço na internet: http://2009.campinas.sp.gov.br/saude/assist_farmaceutica/atualizacao1.htm