BALANÇO

Registros de dengue aumentam 46,5%

São mais de 1,7 mil notificações, contra 1.162 relatadas há três semanas pela secretaria de Saúde

Da Agência Anhanguera
18/04/2020 às 08:29.
Atualizado em 29/03/2022 às 16:49

O número de casos confirmados de dengue em Campinas este ano ultrapassou a barreira das 1.700 notificações, número que caracteriza o aumento vertiginoso da doença na cidade em menos de três semanas. De acordo com o novo balanço epidemiológico, divulgado ontem pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campinas, os registros da doença aumentaram 46,5% no município entre os dias 27 de março e 13 de abril, saltando de 1.162 ocorrências para 1.703. Segundo o levantamento, em toda a cidade há áreas com potencial de transmissão da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. Por enquanto, nenhuma morte foi registrada. A incidência é de 140 casos para cada 100 mil habitantes. Assim como em boletins anteriores, as áreas mais críticas da cidade seguem sendo as regiões Sudoeste, com 490 casos confirmados, e a Noroeste, com 463. As localidades concentram os bairros dos distritos do Ouro Verde e Campo Grande, respectivamente. Abaixo delas encontram-se as regiões Leste (Taquaral e proximidades), Norte (distrito de Barão Geraldo e bairros como Castelo e Chapadão) e Sul (Jardim Nova Europa, Parque Prado, entre outras) com 294, 277 e 170 notificações, respectivamente. Há ainda nove registros que ainda não tiveram a localização identificada. De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Controle de Arboviroses, Heloísa Malavasi, do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), o aumento no número de casos nessa época do ano já era algo esperado pelas autoridades de saúde. “O pico é aguardado para abril, dentro da sazonalidade da dengue”, explica. Segundo ela, cerca 80% dos criadouros estão dentro das casas e, por isso, é importante que a população faça sua parte e colabore com as medidas de prevenção. Nesse sentido, Heloisa chama atenção para locais como calhas, caixas d’água e os ralos em quintais e áreas internas pouco usadas, mas que podem acumular água e se tornar criadouros, além das floreiras, vasos e materiais descartáveis. “Esperamos que, nesse momento em que as pessoas estão mais em casa, que tenham cuidado e limpem mais seu ambiente, mantendo-o livre dos criadouros do mosquito. Se há mosquitos, há criadouros por perto”. Em nota, a Prefeitura de Campinas informou ontem que o trabalho preventivo contra proliferação do mosquito continua sendo feito mesmo com a crise do novo coronavírus (Covid-19) e que as medidas incluem a aplicação de inseticida em 81.972 imóveis localizados nas áreas de maior risco de transmissão, e vistorias em outras 182.002 residências. A gestão municipal destacou ainda que, para reduzir os focos do mosquito, 8.707 toneladas de resíduos despejados irregularmente na cidade foram coletados entre janeiro e 11 de abril e que outras 1.220 toneladas de resíduos foram retirados das ruas por meio da Operação Cata Treco.

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