Estrangeiros não conseguiram validar cadastro no ministério
Campinas e Indaiatuba perderam um médico cada, que viriam pelo programa Mais Médicos, por não conseguirem validar o cadastro no Ministério da Saúde. Assim, dos 29 profissionais previstos para nove municípios da região, agora virão somente 27. De acordo com a lista publicada ontem no Diário Oficial da União, o médico Eddy Rafael Villegas Diaz iria para Indaiatuba e Karen Paredes Ergueta, para Campinas.Os dois são estrangeiros e compunham a lista de inscritos, mas com documentação pendente. A nacionalidade deles não foi informada. A previsão é que os brasileiros comecem a trabalhar no início de setembro e os “importados” no final do mês, após passarem por treinamento nas capitais.Campinas iria receber nove médicos pelo plano, sendo sete brasileiros (dois formados no Exterior) e dois de fora. Com a invalidação do cadastro, o número caiu para oito. Indaiatuba é a cidade que mais receberá médicos “importados”. O número total caiu de oito para sete, sendo quatro brasileiros (dois com diploma de fora) e, agora, três estrangeiros e não mais quatro com anteriormente.Em todo o Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 63 profissionais de fora foram suspensos do programa. De acordo com o governo federal, eles aguardavam a validação do cadastro pelas embaixadas e consulados do Brasil, mas não conseguiram. Desses, 57 entregaram comprovantes de atuação profissional em países não elegíveis no programa e seis apresentaram registro profissional inconsistente. Podem participar do plano, Argentina, Espanha, Portugal, Venezuela, México e Uruguai.Também foi divulgada ontem a confirmação de mais 36 médicos estrangeiros que realizaram a inscrição na segunda chamada. São profissionais que fizeram a escolha dos municípios, dentro do prazo estipulado, mas não tinham sido alocados em nenhuma das vagas disponíveis. As cidades que foram contempladas ainda não foram divulgadas. Esses médicos ainda estão em fase de validação final de seus documentos nas embaixadas e consulados brasileiros. Todos os médicos estrangeiros terão seus nomes analisados pela Polícia Federal.A Prefeitura de Campinas havia definido anteontem nove Unidades Básicas de Saúde (UBS) onde os profissionais vão atuar. Com a suspensão de um, as unidades deverão ser revistas. Haviam sido selecionadas para receber os profissionais as unidades com maior índice de vulnerabilidade e nas regiões da periferia: no Boa Vista, Vila Vitória (região Sudoeste), Jardim Lisa, Fernanda, Campo Belo, Jardim Aurélia, Floresta, Parque Oziel e Santa Lúcia.Elas foram escolhidas a partir dos critérios de vulnerabilidade de cada região. Segundo a Secretaria de Saúde, foi levado em consideração o déficit de médicos para compor a equipe do Programa de Saúde da Família (PSF); o índice de pessoas com doenças crônicas — como diabete e hipertensão —, além do número de moradores atendidos na área.