Região está de volta à Fase Amarela

Assim como grande parte do Estado de São Paulo, a regional de Saúde de Campinas voltou ontem à Fase Amarela do Plano Estadual de Flexibilização da Quarentena, conforme determinação do governador João Doria (PSDB). Até o último domingo, estava válida a Fase Vermelha nos municípios, a mais restritiva, em que só podem funcionar os serviços considerados essenciais, como farmácias, padarias e supermercados. Apenas a região de Presidente Prudente, onde há uma alta significativa de casos da doença, permanece na Fase Vermelha. Os moradores de Campinas aproveitaram a abertuira dos parques para exercitarem e curtirem um pouco de ar livre, sem descuidar dos protocolos sanitários.

A Fase Amarela do Plano São Paulo permite o funcionamento de academias, restaurantes (com consumo no local), eventos culturais, salões de beleza e barbearias, com 40% da capacidade, por 10 horas diárias, somente até 22h. Já o comércio poderá funcionar por até 12 horas. Bares só podem funcionar até 20h e lojas de conveniência e restaurantes não poderão vender bebidas alcoólicas após 20h. Está proibido o público em pé.

O prefeito recém-empossado de Prudente, Ed Thomas (PSB), liberou a abertura do comércio da cidade, embora a determinação seja de que a cidade vá para a fase vermelha. Em decreto assinado por Thomas, há a alegação de que não houve acesso oficial aos levantamentos e dados técnicos "que pudessem justificar a paralização (sic) da atividade econômica da região". Por não seguir a recomendação do Plano São Paulo, pode haver denúncia sobre o município ao Ministério Público.

Antes da virada para 2021, prefeituras do Litoral Norte de São Paulo decidiram permanecer na fase amarela do Plano São Paulo, liberando o comércio e as praias no réveillon. A decisão de não seguir a regra estadual foi anunciada pelas prefeituras de Ubatuba, São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba. “Cada município decidiu de forma individual levando em conta a sua realidade. Temos números baixos de covid-19 e apenas 12% de ocupação de leitos de UTI”, disse o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB). No Natal, municípios da Baixada Santista também desrespeitaram a regra. (com Estadão Conteúdo)

Campinas registra dez mortes por Covid-19 e ocupação de leitos da rede chega a 82,7%

A cidade de Campinas – que voltou a viver dia de grande pressão por leitos na rede de saúde - registrou dez novas mortes por contaminação pelo novo coronavírus e atingiu ontem a marca de 1.476 óbitos, desde o início da pandemia, em março. Outros 14 óbitos suspeitos estão sob investigação pelos técnicos da Saúde. Segundo dados divulgados pela secretaria de Saúde, foram registrados 580 novos casos de contaminação desde o último boletim – emitido no dia 30 de dezembro. Desta forma, a cidade chega a 50.973 pessoas que já tiveram o contato com o vírus.

Outros 578 casos suspeitos estão sendo investigados. De acordo com a secretaria de saúde, Campinas conta hoje com 196 pessoas internadas com Covid e 64, que estão sendo mantidas em isolamento domiciliar. 

Há, segundo a secretaria, 49.234 recuperadas da doença - 650 a mais na comparação com o boletima do dia 30.

Das vítimas fatais – seis homens e quatro mulheres – apenas uma não tinha comorbidades, que são doenças pré-existentes. 

E apenas uma tinha menos de 60 anos. Trata-se de um homem e 55 anos, que morre no dai 2 de janeiro. Ele não tinha doenças associadas e morreu em um hospital particular.

Leitos

Campinas contava ontem com 226 leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 nas redes pública e particular. Deste total, 187 estavam ocupados, o que corresponde a 82,74%. Somando-se as duas redes, havia 39 leitos livres. A maior pressão se deu, mais uma vez, na rede estadual, que tinha 17 leitos disponíveis e 16 estavam ocupados – índice de 94,12%. A rede SUS Municipal a pressão foi menor, mas ainda alta. Dos 74 leitos, 63 estavam ocupados, o que equivale a 85,14%. Na particular, havia 135 leitos, dos quais 108 foram ocupados, o equivalente a um índice de 80%.