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Região de Campinas vai permanecer na fase laranja

Se os indicadores piorarem, na próxima semana o comitê estadual de enfrentamento da Covid-19 poderá definir pelo retorno da região à fase vermelha

Maria Teresa Costa
16/06/2020 às 12:46.
Atualizado em 29/03/2022 às 00:48
Doria anuncia amanhã novas classificações (Divulgação)

Doria anuncia amanhã novas classificações (Divulgação)

A região de Campinas permanecerá na fase laranja, mas o governador João Doria (PSDB) reforçará amanhã que os dados regionais de ocupação de leitos, avanço de número de infectados pelo novo coronavírus e mortes são preocupantes. Se os indicadores piorarem, na próxima semana o comitê estadual de enfrentamento da Covid-19 poderá definir pelo retorno da região à fase vermelha, onde apenas serviços essenciais podem funcionar. O comitê se reuniu hoje para analisar a situação das 16 regiões do Estado. Embora haja a manutenção da região na fase laranja, não há impedimento para que qualquer cidade decida retroceder na flexibilização das atividades econômicas, com fez o prefeito de Valinhos, Orestes Previtale (DEM), informaram fontes do Correio. Em Valinhos, comércios e serviços tiveram que fechar as portas a partir de hoje, decisão que foi tomada após avaliação da Vigilância Sanitária dos indicadores de saúde. O aumento nos casos registrados nos últimos dias e a elevada taxa de ocupação de leitos de UTI levaram a avaliação de que é necessário aumentar o isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus. Assim, apenas os serviços essenciais, como supermercados e farmácias, além de serviços delivery e drive-thru em bares e restaurantes estão autorizados a funcionar a partir de hoje. Valinhos estava ontem com todos os leitos para atendimento da Covid-19 ocupados. A cidade ampliou de 18 para 22 esses leitos e, segundo o prefeito, não há condições de mais ampliação. O comitê estadual avalia, todas as terças-feiras, a situação de cada região, para deliberar as que podem avançar para a fase seguinte, permanecerem na atual ou retroceder. Essa decisão é baseada na capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia: taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19, quantidade de leitos por 100 mil habitantes, a relação de novos casos nos últimos sete dias e dos sete dias anteriores, a proporção entre novas internações nos últimos sete dias na comparação com os sete dias anteriores e as mortes. Campinas registrou ontem uma taxa de ocupação de leitos para pacientes de Covid-19 de 86,83%, incluindo o SUS municipal, estadual e a rede privada. O prefeito Jonas Donizette (PSB), que ontem anunciou a entrada de mais 31 leitos de UTI e 88 de retaguarda ainda essa semana, avaliou, em live, que o risco de a cidade ter que retroceder para a fase vermelha é real, se não houver aumento da taxa de isolamento social. “A ampliação de leitos é o esforço que estamos fazendo para o atendimento assistencial às pessoas nessa pandemia, mas a população também precisa fazer sua parte. Quem puder fique em casa e se tiver que sair, adote as regras sanitárias de distanciamento, uso de máscaras, álcool em gel”, disse na live.

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