MEIO AMBIENTE

Região de Campinas pede vazão extra de 3m³/s do Cantareira

Proposta elevaria de 5m³/s para 8m³/s a oferta de água para as Bacias PCJ a partir de 2014

Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
29/10/2013 às 22:36.
Atualizado em 26/04/2022 às 08:44

A região de Campinas vai pedir um aumento de apenas 3 metros cúbicos (m³/s) de água por segundo do Sistema Cantareira a partir de 2014, quando ocorrerá a renovação da outorga, ampliando assim, dos atuais 5m3/s para 8m3/s a oferta de água do sistema para as Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ). Mas, para que isso ocorra, a Região Metropolitana de São Paulo terá que reduzir sua outorga dos atuais 31m³/s para 28m³/s. A proposta foi aprovada nesta terça-feira (29) em Campinas, na reunião da Câmara Técnica de Planejamento, e terá ainda que ser referendada pelos Comitês PCJ antes de ser levada a São Paulo.O volume aprovado é distante da proposta que foi apresentada pelo Consórcio das Bacias PCJ. O consórcio queria uma outorga de 12m³/s, acrescentando anualmente 1m³/s a partir de 2018 até chegar em 18m3/s no fim da concessão. Esse volume, segundo o secretário executivo do consórcio, Francisco Lahoz, foi calculado com base nas necessidades da região, e que levou em conta o incremento populacional previsto para o período.Na reunião foi definido que a região vai exigir que os 8m³/s sejam liberados, mas se até 2018 as duas represas previstas para serem construídas em Pedreira e Amparo não estiverem em operação, a região passará a ter direito a mais 1m³/s anualmente, e chegará a 14m³/s em 2024. “Não adianta a gente exigir volumes maiores, porque podemos colocar em risco o sistema”, disse o secretário executivo dos Comitês, Luiz Roberto Moretti.Ele explicou que a capacidade do sistema permite a retirada de 36m³/s — 31m³/s para São Paulo e 5m³/s para a região de Campinas — em condições de normalidade, ou seja, quando as represas estão armazenando acima de 50% da capacidade. Lahoz afirmou que o consórcio pode até concordar com o que foi aprovado, desde que a vazão de 8m³/s ocorra no período das chuvas, entre dezembro e março. De abril a novembro, no período de estiagem, segundo ele, a região precisa de mais.Outra proposta que será levada ao referendo dos Comitês PCJ é uma mudança no Banco de Água. Nele fica armazenado, de forma virtual, a água que as regiões de São Paulo e Campinas deixam de retirar do sistema. Na reunião foi aprovada a proposta de reformulação do banco, criando uma reserva estratégica de 120 milhões de metros cúbicos, metade para o PCJ e metade para São Paulo.

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