reavaliação

Reformas do CCC ficam mais caras

A Prefeitura alterou o edital da licitação para a reforma do CCC e o valor da obra em janeiro, tinha custo estimado em 40,9 milhões

Maria Teresa Costa
12/03/2019 às 08:30.
Atualizado em 04/04/2022 às 22:56

A Prefeitura alterou o edital da licitação para a reforma do Centro de Convivência Cultural e o valor da obra, que em janeiro tinha custo estimado em 40,9 milhões, subiu para R$ 41,4 milhões, um aumento de R$ 413,6 mil, segundo publicação ontem no Diário Oficial. Com a alteração, a concorrência que seria aberta hoje, teve data mudada para 15 de abril. É o segundo adiamento desde que o edital foi lançado, em 9 de janeiro. Segundo o secretário de Infraestrutura, Pedro Leone, a alteração no valor estimado da obra ocorre em função de questionamentos feitos por empresas interessadas na licitação e que levaram a reavaliar e a fazer ajustes no projeto, com ampliação de serviços. Uma das alterações foi em relação a serviços de impermeabilização com utilização de mantas asfálticas ou produtos líquidos. Inicialmente estavam previstos 5,47 mil metros quadrados de impermeabilização, que foram ampliados para 5,49 mil metros quadrados. A Administração ainda não sabe quantas empresas deverão participar da concorrência, porque o edital é disponibilizado no site. Ao menos oito empresas, segundo ele, fizeram visitas técnicas no Centro de Convivência, mas esse procedimento não é obrigatório no processo licitatório. Ele acredita que a concorrência terá grande participação de empresas, especialmente pela falta de obras públicas desse porte. “Obra desse porte e valor não há no mercado”, afirmou. O Convivência está fechado desde 2011 devido à precariedade do prédio. Quem vencer a licitação terá dois anos de prazo para entregar a reforma concluída. Os recursos para a obra virão do governo do Estado e da Prefeitura. O recurso estadual é parte da verba que estava destinada à construção do Teatro de Ópera Carlos Gomes, no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim. Há muita obra a ser feita no edifício projetado pelo arquiteto Fábio Penteado. Há fios expostos, ligações de energia clandestinas, goteiras, muita umidade no chão e nas paredes devido à infiltração no local, e até esgoto a céu aberto. Do lado de fora, os problemas também são visíveis. Os pilares localizados próximos à entrada onde funcionava o setor administrativo da Orquestra Sinfônica possuem rachaduras e o chão já cedeu. A obra será em duas fases. Na primeira, ocorrerão os serviços preliminares, como demolições, tratamento de fissuras e rachaduras no concreto, tratamento de juntas, impermeabilização e recuperação da laje de concreto, drenagem, ampliação do palco, vedações, manutenção das instalações elétricas e hidráulicas, dos revestimentos, impermeabilização da arquitetura e instalação de elevadores de carga e social. Na segunda fase, ocorrerá a instalação do sistema de climatização, exaustão e ar-condicionado, acústica, cenotecnia, áudio e vídeo, automação, luminotécnica e limpeza geral. O projeto de reforma inclui adequação de usos, acessos e circulações e preserva o projeto original de Fábio Penteado. As salas de máquinas de todos os sistemas de apoio do Centro Cultural serão mantidas e readequadas com novos equipamentos. Os sistemas existentes de troca e condicionamento do ar, infraestrutura elétrica, iluminação e segurança contra incêndios, deverão ser completamente removidos para substituição. As aberturas secundárias entre os Blocos B (bar/café) e T (onde estão o teatro, camarins, sanitários, administração da Orquestra, sala de ensaio) serão reativadas para facilitar o acesso do público ao teatro e complementar as rotas de fuga. Haverá substituição geral dos guarda-corpos e corrimãos metálicos existentes e que se apresentam fora de norma. De acordo com o projeto, todos os sanitários foram revisados para a adaptação da normatização de acessibilidade. Os sistemas elétricos e hidráulicos deverão ser refeitos. Os revestimentos existentes de pisos, paredes e forros que se encontram deteriorados serão removidos para substituição e aplicação de novos revestimentos, respeitando sempre as especificações e as características formais e de texturas originais. Os pisos originais em granilite das galerias e no interior dos blocos devem ser restaurados, mantendo as suas características de cor e textura. Os painéis artísticos presentes nas paredes do Centro de Convivência serão removidos e reinstalados na parede do Bloco T (parede de entrada ao teatro), acrescido de iluminação e arquitetura de um artista local, visando criar um memorial formalmente estruturado para a lembrança do antigo teatro. Será feita nova impermeabilização da cobertura e substituição da laje de forro. O palco existente, que não é original, será removido, liberando espaço da galeria para o anel de circulação geral do complexo. Um novo palco menor será construído para pequenas apresentações. O mezanino do bar deverá ser reativado para uso público e poderá ser utilizado pelo próprio café ou para eventos do tipo exposições e instalações artísticas e pequenos workshops.

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