Na terceira etapa do Programa Nacional de Vacinação no mês de março, o Ministério da Saúde terá como foco intensificar a imunização contra a covid-19 para crianças e adolescentes, de 6 meses a 17 anos (Kamá Ribeiro)
Mesmo sem ainda ter recebido os documentos oficiais do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde, cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) se preparam para dar início ao Programa Nacional de Vacinação 2023. A prioridade inicial da campanha do Ministério da Saúde é aplicar o reforço da vacina contra a covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas mais graves da doença. Nesse contexto estão pessoas com deficiência e idosos acima de 60 anos. Esse será o primeiro grupo contemplado na campanha. A previsão é que as ações comecem a partir do dia 27 de fevereiro.
Além dos idosos e pessoas com deficiência, o público-alvo da primeira fase abrange gestantes, puérperas, paciente imunocomprometidos, trabalhadores da saúde, povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
Com início previsto para março, a segunda etapa do Programa Nacional de Vacinação de 2023 tem como foco a intensificação da vacinação contra covid-19. Nessa fase o público-alvo é toda a população com mais de 12 anos de idade.
A terceira etapa também tem previsão de ocorrer em março, mas com foco na intensificação da vacinação de covid-19 para crianças e adolescentes, de 6 meses a 17 anos. O que a difere da segunda etapa é que essa fase conta com uma estratégia de conscientização para estimular a adesão à campanha.
O Ministério da Saúde planeja realizar uma mobilização na comunidade escolar, a partir de atividades de orientação, comunicação com estudantes, pais e responsáveis sobre a necessidade de levar a Caderneta de Vacinação para avaliação para certificar-se de que a criança ou adolescente está com todas as vacinas em dia.
Em abril, começa a vacinação contra Influenza, justamente por conta da chegada do inverno em junho, visto que a queda de temperaturas levam ao aumento de casos de doenças respiratórias. Para maio, o planejamento é realizar a multivacinação da poliomielite e do sarampo nas escolas.
Na RMC, Campinas, segundo dados da Secretaria de Saúde, está preparada para aplicar a vacina bivalente - que tem como propriedade a capacidade de imunizar contra mais de uma variação de vírus contra covid-19. Profissionais de saúde do município receberam capacitação no mês passado para aplicação do imunizante.
A Secretaria de Saúde afirma que assim que receber as doses e as devidas orientações, iniciará a vacinação. Segundo dados divulgados na quinta-feira (2) pela Secretaria de Saúde, foram aplicadas mais de 3 milhões de doses do imunizante contra covid-19 em moradores de Campinas.
Em relação ao esquema vacinal primário, que consiste nas duas doses ou dose única da vacina, 86,1% da população a partir de seis meses de vida recebeu a primeira dose e 84,8% receberam a segunda dose.
Conforme as doses vão avançando, a adesão vai caindo. Segundo a Secretaria de Saúde, 65,1% de 1 milhão de habitantes da cidade tomaram a primeira dose de reforço e apenas 33,8% dos habitantes de Campinas tomaram a segunda dose de reforço.
Todas as unidades de Saúde estão abastecidas com a vacina contra covid-19. A Pfizer Baby está sendo aplicada em oito unidades de saúde, são elas: Centro, 31 de Março, Aurélia, São Marcos, Ipê, Florence, Fernanda e Vista Alegre.
Hortolândia
A cidade de Hortolândia está aguardando a entrega da Pfizer bivalente para iniciar a primeira etapa do cronograma. Mas diferente de Campinas, o estoque de vacinas está reduzido e conta apenas com imunizantes Coronavac para a população geral.
Na cidade,segundo informações da Secretaria de Saúde, 220.382 pessoas receberam a primeira dose, enquanto 210.195 pessoas retornaram aos postos de aplicação para a segunda dose. Quanto à dose de reforço, os números caem ainda mais, até agora foram aplicadas 187.339 doses, o que representa 76% da população.
Vale lembrar que a Secretaria de Saúde de Hortolândia disponibilizou 120 doses de reforço da Pfizer Baby, utilizada em crianças que tenham entre seis meses a dois anos 11 meses e 29 dias.
Sem agendamento
Para receber a segunda dose da vacina não é necessário realizar agendamento prévio. Mesmo com essas ações, a procura ainda é baixa, mas há a expectativa de que aumente nos próximos dias, até mesmo para evitar o desperdício da vacina, uma vez que cada frasco contém dez doses e, após aberto, tem validade de apenas oito horas. De acordo com o Ministério da Saúde, crianças nessa faixa etária devem receber três doses do imunizante. O intervalo da 1ª para a 2ª dose é de 28 dias, já entre a 2ª para a 3ª é de oito semanas.
A segunda dose da Pfizer Baby está sendo aplicada em seis UBSs da cidade que são: Amanda II, Campos Verdes, Dom Bruno Gamberini, Parque do Horto, Rosolém e Novo Ângulo. A vacinação está sendo realizada somente no período da manhã, das 8h às 12h. Basta levar a criança até a UBS com a carteirinha de vacinação em mãos e documento com foto.
