ESTRUTURA

Redução de efetivo preocupa Guarda Municipal

Aposentadoria e desistência diminui número de agentes em 5%; secretaria tenta nomear concursados

Luciana Félix
19/11/2013 às 08:33.
Atualizado em 26/04/2022 às 13:35

O número de agentes da Guarda Municipal de Campinas encolheu 5% nos últimos dois anos. Passou de 730 para 695. A preocupação com o enxugamento dos agentes — grande parte se aposentou, desistiu da atuação ou passou em outro concurso público — já obriga a Segurança Pública municipal a refazer os orçamentos do próximo ano para negociar a convocação de cerca de cem novos guardas, que foram aprovados no último concurso, para iniciarem a formação. Porém, mesmo com uma reestruturação da secretaria, não há a certeza de que novos guardas assumirão os cargos.Segundo o secretário da pasta, Luiz Augusto Baggio, os guardas que foram aprovados nos últimos testes não foram convocados por falta de orçamento da Prefeitura. Ainda segundo ele, a Administração priorizou ao máximo as pastas de Educação e Saúde para encaminhar os maiores recursos neste primeiro ano de governo. “O esforço é fazer com que consigamos trazê-los no próximo ano. Se chamarmos os cem, virão uns 90, e no decorrer da formação sempre há desistências. No ano que também haverá novas aposentadorias e vai aumentar os desfalques se eles não forem chamados”, afirmou.Baggio explicou que a folha de pagamento da Guarda é junto com a da Prefeitura. “A folha deste ano está apertada e se saírem dez, por exemplo, não podemos convocar outros dez porque é necessário todo um treinamento específico. Tem que ser no mínimo uns 50 para compensar os gastos com a estrutura que será montada. Porém, Campinas tem demanda grande por segurança pública e a GM tem uma função muito importante nisso.”O secretário também afirmou que a maior parte deixou a corporação por aposentadoria, e outra acabou desistindo ao ver que a profissão depende de muita dedicação. “A GM vem tendo perdas grandes ao longo dos últimos anos. Essa redução preocupa. Tem o fato das aposentadorias e também os agentes que ao perceberem que o trabalho é na rua, com certo risco, acabam desistindo. Pede exoneração. Neste final de ano tem o término do estágio probatório de três anos, alguns deles irão desistir e outros serão efetivados”, disse.Para não desfalcar o patrulhamento, Baggio teve de aumentar o número de horas de trabalho dos guardas, que tiveram o número de plantões ampliados.“Com a mesma equipe estamos remanejando e em alguns postos fixos encerramos a atividade. Um exemplo era em rodovia, que é particular, a vigilância tem que ser da empresa que administra. Fizemos isso também em Joaquim Egídio, onde a necessidade é pequena, entre outros pontos. Com isso, mudamos os pontos e aumentamos o patrulhamento em pontos mais sensíveis como o próprio Centro, onde estamos com uma ação de combate ao crime.”O secretário afirmou que iniciou uma reestruturação na GM, que irá aumentar em 20% o número de agentes na rua. Mas não adiantou como irá funcionar.Apesar do efetivo reduzido, a GM iniciou, há cerca de dois meses, a ação Centro Seguro com uma série de operações para retirar moradores de rua e usuários de drogas em diversos pontos do Centro, principalmente no entorno do Viaduto Cury. Um efetivo de cerca de 20 guardas municipais ocupa a região. Eles faze abordagens durante o dia e à noite.Espera pela chamadaO segurança J.A. afirmou ter sido aprovado no concurso da GM e ainda aguarda ser chamado para assumir o cargo. “A gente para a vida para tentar um concurso público e nunca é chamado. Sinto como se fosse uma grande mentira. Tenho dúvidas se seremos chamados. Enquanto não acontece, tenho que fazer meu trabalhos, mas na insegurança porque espero ter chance na corporação.” Veja também GM recebe novos veículos para patrulhamento Foram substituídos 25 veículos, sendo 19 motos e 6 viaturas; entrega foi realizada no Paço Municipal

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