Calçadão da Rua 13 de Maio, no Centro, vai passar por uma reforma neste segundo semestre, com a instalação de novos mobiliários e enfeites permanentes para o Natal deste ano (Ricardo Lima)
Três dias após o anúncio de um projeto de mobiliário urbano com o objetivo de melhorar a área de convívio da Rua 13 de Maio - principal calçadão de compras populares a céu aberto de Campinas -, a Prefeitura detalhou melhor como funcionará a questão da distribuição da iluminação pública no local. Segundo informações da Secretaria de Planejamento e Urbanismo, a rede elétrica subterrânea, atualmente existente, será desativada e não desenterrada, conforme foi explicado na apresentação oficial do projeto realizada na última segunda-feira na sede da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic).
A Pasta esclarece que a fiação que atualmente passa por debaixo do piso do calçadão vai ser anulada com a finalidade de dar lugar a uma nova rede aérea de distribuição. Segundo informações da secretária de Planejamento e Urbanismo, Carolina Baracat Lazinho, "não haverá desenterramento" e o intuito da medida de retomar uma distribuição de energia aérea é para evitar furtos e outros problemas de alagamento no local por onde passam os cabos e que provocam problemas e interrupções no fornecimento de energia aos estabelecimentos comerciais do entorno.
Os comerciantes se queixam que os cabos ficam expostos à chuva e à água, o que vem prejudicando o funcionamento do comércio local. O serviço será executado sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Serviços Públicos e é uma demanda de comerciantes da região. Essa adequação na distribuição da iluminação da Rua 13 de Maio, proposta pela Prefeitura, gerou polêmica a partir da impressão de que a fiação subterrânea seria desenterrada. Entidades da sociedade civil organizada e arquitetos ligados às questões da revitalização da região central entendem ser um "retrocesso" voltar com a iluminação suspensa.
Os trabalhos previstos no calçadão da Rua 13 de Maio fazem parte dos projetos da Administração de requalificação da área central da cidade. Entre os projetos previstos para o Centro, destaque também para a reforma da Avenida Campos Sales. Na avenida, no entanto, o projeto prevê transformar a fiação de distribuição da rede pública de energia, que hoje é toda aérea, em uma fiação subterrânea.
A Secretaria de Planejamento informa, no entanto, que o projeto na 13 de Maio é permanente e necessário. E esclarece que não haverá necessidade de quebras no pavimento, conforme informado pela Secretaria de Serviços Públicos. A pasta informa também que uma iluminação de reforço está prevista na estrutura que será implantada pela Construtora Patriani, responsável pelo projeto de mobiliário urbano a ser também implantado.
Esse projeto em parceria com a construtora prevê dar uma cara nova a Rua 13 de Maio. Ele contemplará a instalação de sombrinhas coloridas, bancos e lixeiras de concreto em trechos do calçadão da via - conhecido por Convívio. As obras serão executadas pela construtora, que venceu o chamamento público aberto para doação e instalação de decoração e mobiliário urbano na rua.
Pelo projeto, o calçadão da Rua 13 de Maio terá uma nova decoração com 950 guarda-chuvas coloridos suspensos e 50 'pufes' de concreto, além de 31 bancos e 25 lixeiras. Toda a manutenção será realizada pela construtora. Os quase mil guarda-chuvas coloridos serão fixados por cabos de aço a uma altura de seis metros do solo, e cobrirão seis das nove quadras do calçadão. Para eventuais decorações com temas específicos, a estrutura a ser montada pela construtora para segurar os guarda-chuvas poderá ser usada.
O projeto de mobiliário compreende da Estação Cultura até a praça anterior à Catedral Metropolitana. Os guarda-chuvas serão intercalados ao longo da via, visando dar área de sombreamento, mas também manter o espaço arejado. A Secretaria de Planejamento informa ainda que os fios da iluminação pública do calçadão da Rua 13 de Maio serão novos, virão da rede de energia elétrica existente e ficarão ocultados pelo ´telhado ´ de guarda-chuvas.
Tanto comerciantes como frequentadores da 13 de Maio viram com bons olhos a intervenção, mas alertam para os problemas que essa iniciativa pode gerar a longo prazo. Apesar de prever a conclusão até o Natal por conta do movimento, a expectativa do município é a de que a obra seja executada em etapas. Porém, não há data para o início dos trabalhos.
