saúde

Rede D'Or inicia obras de hospital

Unidade do São Luiz será construída no terreno da antiga Rodoviária, implodida há onze anos

Da Agência Anhanguera
06/01/2021 às 07:53.
Atualizado em 22/03/2022 às 13:51
A previsão é que a edificação seja finalizada em cerca de 30 meses, caso não ocorra nenhum problema (Matheus Pereira/AAN)

A previsão é que a edificação seja finalizada em cerca de 30 meses, caso não ocorra nenhum problema (Matheus Pereira/AAN)

Após atrasos no cronograma por causa da pandemia da Covid-19, a movimentação de maquinário pesado e a chegada constante de materiais no terreno da antiga Rodoviária de Campinas, entre as avenidas Andrade Neves e Barão de Itapura, no bairro Botafogo, indicam que a obra para construção de uma unidade do Hospital São Luiz no local foi finalmente retomada. A pedra fundamental foi lançada pela Rede D'Or no início de fevereiro de 2020, com previsão de que os trabalhos começassem em dois meses, o que não aconteceu. Em outubro passado, alguns operários eram vistos no espaço. Mas, não de forma intensa como agora. Atualmente, a empresa tem mantido silêncio sobre seus novos empreendimentos.

O prédio da Terminal Rodoviário Ramos de Azevedo foi implodido em março de 2010, na administração de Hélio de Oliveira Santos (PDT). Na ocasião, foram retirados cerca de 500 caminhões de entulho somando 12 mil toneladas de resíduos.

Somadas as contrapartidas para o Município, o grupo D'Or investirá R$ 470 milhões no empreendimento. A construção será dividida em duas etapas. Primeiro, a fundação e a estrutura civil. Depois, as instalações. A previsão é que a obra seja finalizada em cerca de 30 meses, a contar do seu início. Se considerado janeiro de 2021, e não havendo interrupções, a entrega deve ocorrer no segundo semestre de 2023.

O hospital contará com mais de 300 leitos, distribuídos entre Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e salas cirúrgicas de última geração, e também vai oferecer serviços de pediatria e maternidade de alta complexidade. A expectativa é que sejam gerados aproximadamente 2 mil empregos diretos. A construção da unidade de saúde vai automaticamente promover a revitalização da área. Após a implosão do prédio da antiga Rodoviária, em março de 2010, o terreno se tornou baldio, condição que causava preocupação para os moradores do entorno.

A escolha de Campinas para a construção da unidade foi motivada por alguns incentivos fiscais previstos em lei municipal. Entre eles, a isenção de taxas, emolumentos e preços públicos junto aos órgãos técnicos. A Rede D'Or terá uma redução do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) - de 5% para 2% - extensiva para área médica hospitalar. Esse benefício será ampliado por 10 anos, quando a unidade já estiver implantada. Haverá também isenção do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) pelo prazo de cinco anos. Com essas condições, executivos da Rede D'Or projetam que o investimento na construção do hospital será recuperado em 15 ou 20 anos.

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