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Reabertura terá de ser responsável

Comércio reforça medidas de prevenção para que cidade possa avançar à fase amarela do Plano

Francisco Lima Neto
25/07/2020 às 09:41.
Atualizado em 28/03/2022 às 20:39
Mesmo com o comércio de portas fechadas, a movimentação é grande na Rua 13 de Maio: uma série de medidas será adotada a partir de segunda (Matheus Pereira/AAN)

Mesmo com o comércio de portas fechadas, a movimentação é grande na Rua 13 de Maio: uma série de medidas será adotada a partir de segunda (Matheus Pereira/AAN)

A Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) recebeu com otimismo a notícia de que Campinas retornará para a Fase Laranja do Plano São Paulo de Retomada das Atividades Econômicas a partir da próxima semana. Com a reclassificação, anunciada ontem, o comércio reabrirá na segunda-feira, adotando todas as normas estabelecidas pelo Centro de Contingência do Coronavírus do Estado de São Paulo e com horário e capacidade reduzidos. Para a presidente da Acic, Adriana Flosi, a reabertura representa uma esperança de leve recuperação no setor no segundo semestre. "Após mais de 100 dias fechados, ou seja, três meses, o que representa um quarto do ano em que grande parte dos empresários de Campinas não conseguiu vender seus produtos ou prestar serviços, estamos esperançosos de que haja uma retomada gradual nas vendas, impulsionada, inicialmente, pelo Dia dos Pais, já em agosto", diz. Adriana alerta que é importante que a população faça a sua parte para que a cidade não regrida novamente. "Os empresários, depois de tanto tempo fechados, precisam urgente recuperar a saúde financeira das empresas para que possam pagar as suas contas básicas, como aluguel, energia, água e, principalmente, garantir os empregos. Pedimos que as pessoas planejem as compras e não provoquem aglomerações para evitar o retrocesso. O comércio precisa muito, nesse momento, da colaboração de todos", pede. Além disso, faz algumas recomendações. "Não leve familiares para passear, nem mesmo os filhos quando forem pagar seus carnês ou fazer compras. Se evitarmos as aglomerações, em breve poderemos ampliar o atendimento e tentar voltar mais rapidamente à normalidade. Precisamos muito da ajuda da população para não fechar novamente." A Acic, de acordo com a assessoria, tem trabalhado pela retomada segura. Desde o começo da pandemia, a associação mantém diálogo com o poder público e empreendedores a fim de encontrar soluções para auxiliar no processo de reabertura. Além de disponibilizar aos comerciantes um guia com as medidas exigidas pelas autoridades sanitárias para o funcionamento dos estabelecimentos, a Acic firmou parceria com a Prefeitura de Campinas para a instalação de barreiras sanitárias na Rua 13 de Maio, principal ponto do comércio central. A partir desta segunda-feira, três totens para higienização das mãos, a fim de evitar o contágio pelo novo coronavírus, estarão instalados na via, um deles ao lado da Catedral e, os demais, próximos da Rua Senador Saraiva e da Estação Cultura. Nesses espaços, de acordo com a prefeitura, haverá equipes para orientar sobre as medidas de higienização e para conscientizar os pedestres a transitarem pela região central somente se tiverem algum objetivo, como fazer compras ou pagar contas. Elas também devem instruir a população a fazer trajetos alternativos, sem passar pela Rua 13 de Maio, e orientar às pessoas com mais de 60 anos para que fiquem em casa neste momento. Adriana Flosi destaca a atuação da Acic para tentar ajudar os empresários a atravessarem a crise. A entidade tem organizado videoconferências com dicas. Também oferece uma plataforma gratuita para que eles possam entrar para o mundo digital, que é mais um canal de vendas nesse momento de funcionamento do comércio em horário e capacidade reduzidos. "Cerca de 522,7 mil empresas no Brasil, paralisadas na quarentena, pediram falência. Desse total, 258,5 mil são do setor de serviços, 192 mil de comércios e 33,7 mil indústrias. Não podemos deixar esse quadro se agravar ainda mais, o que levará a aumentar o índice de desemprego. Estamos adotando todas as medidas para garantir o retorno com segurança para todos, colaboradores, empreendedores e população, a fim de que possamos passar à fase amarela o mais breve possível." Quem estiver sem máscara será barrado Para evitar aglomerações no Centro de Campinas, como as que ocorreram no dia 8 de julho, quando o comércio de rua abriu, com restrições, a Prefeitura vai instalar três barreiras sanitárias a partir de segunda-feira na Rua 13 de Maio, quando as lojas voltam a funcionar com atendimento presencial. Quem estiver sem máscaras será impedido de seguir pelo calçadão do principal centro do comércio de rua de Campinas. Uma força-tarefa com apoio da Guarda Municipal e Setec, além de jovens do programa Juventude Conectada, estará em três pontos da Rua 13 de Maio: um perto da Catedral, outro quase na esquina da Avenida Senador Saraiva e outro próximo da Estação Cultura. Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Alexandra Caprioli, o pit stop da prevenção, como está sendo batizado, é demanda dos comerciantes e tem apoio da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). Esses locais, disse o prefeito Jonas Donizette, serão como um portal, onde as pessoas serão orientadas a só irem para a região central com algum objetivo, seja para fazer compras ou pagamento de contas. Nesses locais será oferecido álcool para a higienização e as equipes reforçarão as informações sobre a obrigatoriedade do uso de máscara e também vão orientar as pessoas que idosos e famílias devem evitar passear pelo local neste momento de pandemia. "É uma forma de a gente conscientizar a população de que ela tem um papel importante neste processo. Queremos a abertura, mas com responsabilidade e de forma contínua", disse Alexandra. (Maria Teresa Costa/AAN)

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