Expectiva é que entre hoje e segunda-feira se normalize
Pouco a pouco, os boxes do entreposto voltam a repor os estoques (Matheus Pereira/Especial para AAN)
Apesar da desmobilização dos caminhoneiros na região no começo da tarde de ontem, o abastecimento na Ceasa Campinas pela manhã era tímido. A expectativa é que a partir de hoje ou no máximo segunda-feira, depois do feriado de Corpus Cristi, a comercialização de produtos hortifrutigranjeiros seja normalizado. Segundo o diretor técnico-operacional da Ceasa, Claudinei Barbosa, a disponibilidade de produtos ontem chegou a 35%. No dia anterior foi de 5%. “Havendo a liberação da circulação dos veículos nas estradas, até domingo nós deveremos ter o mercado com 75% da capacidade”, informou Barbosa. Com a liberação das cargas no começo da tarde de ontem, a direção do entreposto fará uma nova avaliação hoje de manhã, mesmo sendo feriado, já que o local funcionará normalmente. De acordo com levantamento da Ceasa, mais de mil caminhões chegaram ao entreposto ontem. Em dias normais de mercado, a movimentação é de 3 mil a 3,5 mil veículos de carga. O diretor técnico-operacional da Ceasa garante que há disponibilidade no campo de todos os produtos comercializados. “Não faltam produtos na roça. A dificuldade está atrelada a dois fatores: falta de mobilidade nas estradas e falta de combustível. Hoje, chegamos a cerca de 35% da capacidade do abastecimento num raio de 50km, tanto em produção quanto na entrega”, disse o diretor. Os comerciantes que trabalham com frutas importadas ou vindas do Sul do País ainda estavam sendo castigados com o protesto. A uva, maçã, melão e mamão eram os produtos que já estavam em falta. No setor de folhas, a alface, salsinha, cebolinha, entre outros não chegaram nas bancas de comercialização. “Chegou vagem, cenoura, tomate, mas tudo com preço nas alturas. Nossa expectativa é que até segunda-feira normalize tudo”, disse o vendedor Renan Veiga. A Ceasa estima que o prejuízo já ultrapassava ontem os R$ 30 milhões em produtos que não foram comercializados no entreposto desde o início da paralisação. A tendência é que os preços se normalizem à medida em que o abastecimento seja retomado. No Mercado de Flores, o movimento seguia abaixo do normal. Segundo o gerente do mercado, Alexandre Valle, o número de boxes abertos ontem se manteve estável em 20%, de um total de 340 comerciantes de flores, plantas e acessórios para jardinagem.