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Ralo de piscina suga cabelo de jovem

Uma adolescente de 13 anos se afogou após enroscar os cabelos no ralo de uma piscina no Jardim Terramérica, em Americana, na noite da última segunda

Henrique Hein
16/10/2019 às 07:51.
Atualizado em 30/03/2022 às 10:51

Uma adolescente de 13 anos se afogou após enroscar os cabelos no ralo de uma piscina no Jardim Terramérica, em Americana, na noite da última segunda-feira. O incidente aconteceu por volta das 19h e a jovem precisou ser encaminhada às pressas para o Hospital da Unimed pelo Corpo de Bombeiros. Na chegada ao local, a corporação encontrou a menina fora da piscina, com a pulsação fraca. A equipe de resgate ainda constatou que a garota sofreu uma parada cardiorrespiratória, porque ficou muito tempo sem conseguir respirar enquanto esteve submersa. De acordo com os bombeiros, a menina estava passando a tarde na casa de alguns parentes no momento do incidente. Um vizinho da família foi quem tirou a menina da água e ligou para a corporação pedindo ajuda. Até o final da tarde de ontem, a jovem seguia internada no Hospital da Unimed, em Americana, e sem previsão de alta. Questionada sobre o estado de saúde dela, a unidade informou que não possuía autorização para divulgar detalhes sobre o quadro clínico de nenhum de seus pacientes. Em julho deste ano, um caso envolvendo uma criança em uma piscina residencial chocou a cidade de Vinhedo. Um menino de dois anos morreu afogado na piscina de sua própria casa depois que a mãe dele entrou na residência para pegar um objeto, deixando-o sozinho próximo da borda da piscina. O caso ocorreu em um imóvel no bairro do Observatório. Ao chegarem ao local, os bombeiros encontraram o garoto com parada cardiorrespiratória. Tentaram reanimá-lo antes de levá-lo à Santa Casa, onde o óbito foi confirmado. Segundo dados do Corpo de Bombeiros e da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, o afogamento é a segunda causa de morte em crianças de um a nove anos e a terceira entre os jovens de 10 e 19 anos. Em média, a cada quatro dias uma criança morre afogada em uma piscina no País. O levantamento aponta ainda que as piscinas respondem por 53% de todos os casos de óbitos por afogamento na faixa de 1 a 9 anos de idade. Projeto de Lei Em julho de 2017, o falecimento de uma menina de sete anos em uma piscina de 60 centímetros de profundidade em um hotel em Balneário Camboriú (SC), porque teve os cabelos sugados pelo ralo da piscina, fez a Câmara de Campinas se debruçar sobre o tema. Na ocasião, os funcionários do hotel demoraram para localizar a chave que desligava a sucção do ralo da piscina e, consequentemente, as tentativas de salvar a garota acabaram sendo inúteis. O projeto campineiro, de autoria do ex-vereador e agora deputado estadual, Rafa Zimbaldi (PSB), pede que seja obrigatório a instalação de um dispositivo capaz de interromper a sucção das piscinas no município. Nesse caso, o objeto deveria ser instalado em um local de fácil alcance e sinalizado. A PL foi protocolada em agosto de 2017, sofreu uma alteração em outubro do ano passado, e ainda está em tramitação. Hoje, a medida está na Comissão de Constituição e Legalidade da Câmara, aguardando para ser votada em primeira instância.

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