Vereadores membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Propina voltam a se reunir (Gustavo Tilio)
Convocado para depor nesta quarta-feira (7) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apura as denúncias de pedido de propina na manutenção ou prorrogação de contratos entre Câmara Municipal de Campinas e empresas terceirizadas, o ex-subsecretário de Relações Institucionais da casa, Rafael Creato, não deve atender à convocação. O depoimento está marcado para às 13h de quarta-feira (7).
Segundo seu advogado, Haroldo Cardella, Creato não deve comparecer "tendo em vista que é investigado sobre os mesmos fatos junto ao Ministério Público (MP) e lá já prestou seus esclarecimentos, inclusive, sem sigilo".
A defesa de Creato também analisou que qualquer manifestação durante os procedimentos de apuração da Câmara poderia prejudicar a defesa. Por ser considerado investigado, Cardella entende que o ex-subsecretário pode exercer o direito de não comparecer e que a decisão tem amparo constitucional. A ideia da CPI da Propina era ouvir Creato nesta quarta-feira e o ex-presidente da Câmara, Zé Carlos (PSB), na próxima semana, antes do recesso legislativo que começa no dia 15. Eles são os principais investigados na CPI.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os dois pediram vantagens indevidas para renovar ou manter contratos com empresas terceirizadas da Câmara, o que configuraria corrupção passiva. O MPSP afirma que não houve nenhum pagamento.
