O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse ontem, que vai prorrogar a quarentena no Estado, mas com maior ou menor flexibilidade
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse ontem, que vai prorrogar a quarentena no Estado, mas com maior ou menor flexibilidade a depender da situação de cada região. Segundo o tucano, há agora a possibilidade de executar uma quarentena "heterogênea do ponto de vista regional; medidas que serão adotadas para a capital de São Paulo e região metropolitana não serão as mesmas para o interior". As informações foram divulgadas por Doria em entrevista à GloboNews. A quarentena atual está prevista para terminar no dia 31 de maio, próximo domingo, mas será renovada. "Teremos uma nova quarentena, não é imaginável que não tenhamos uma nova quarentena, mas ela vai ser inteligente", explicou Doria, que diz não querer "penalizar quem não precisa ser penalizado e não afrouxar onde não se pode". Os detalhes da nova quarentena serão expostos e explicados pelo governador em coletiva de imprensa marcada para amanhã à tarde. Balanço no Estado O Estado de São Paulo registrou mais 1.464 casos de coronavírus nas últimas 24 horas, e chegou nesta segunda-feira, 25, a 83.625 casos. Mais 57 pessoas morreram em decorrência da doença desde o balanço divulgado do domingo, fazendo o total de óbitos chegar a 6.220 no Estado, que tem a maioria dos casos do País. No domingo, dia em que mais pessoas ficam em casa, a taxa de isolamento social ficou 57% na capital paulista, que vive um feriado de seis dias que terminou ontem. É a taxa mais alta dos últimos três domingos, mas ainda ficou abaixo das taxas observadas no começo da quarentena, em março. No Estado, a taxa ficou em 55%. Os dados referentes a esta segunda, feriado antecipado da Revolução Constitucionalista, ainda estão sendo aferidos e só serão divulgados hoje. Os dados sobre casos confirmados e mortes, em geral, são mais baixos no fim de semana. Segundo o governo do Estado, isso é resultado de dificuldades que algumas prefeituras têm em repassar os números para o governo aos fins de semana. Há casos de Covid-19 em 510 dos 645 municípios do Estado. "Destes, 237 tiveram uma ou mais vítimas fatais da doença", informa o governo Nesta segunda, 11,1 mil pessoas estavam internadas por causa da doença, sendo que 4.283 delas estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A taxa de ocupação das UTIs na Grande São Paulo, que no domingo havia ultrapassado a taxa de 90%, caiu para 88%, em decorrência da abertura de mais leitos dotados de equipamentos de tratamento intensivo nas cidades da região. No Estado como um todo, a ocupação das UTIs é de 73,8%. Entre as vítimas fatais estão 3.649 homens e 2.571 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 72,8% das mortes. Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (1.474 do total), seguida por 60-69 anos (1.439) e 80-89 (1.203). Também faleceram 413 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (905 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (461), 30 a 39 (245), 20 a 29 (53) e 10 a 19 (17), e dez com menos de dez anos. Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (58,6% dos óbitos), diabetes mellitus (43,3%), doença neurológica (11,3%), doença renal (10,4%) e pneumopatia (9,7%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática. No Brasil O Brasil registrou 807 novas mortes causadas pela Covid-19 nas últimas 24 horas, o que aumentou o total de óbitos pela doença para 23.473 no País, segundo balanço divulgado na noite de ontem, pelo Ministério da Saúde. De domingo para segunda, 11.687 novos casos de infecção pelo novo coronavírus foram registrados e agora já são 374.898 pessoas contaminadas. O Brasil segue ocupando a segunda posição entre as nações com mais casos de Covid-19 no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que acumula mais de 1,6 milhão de infectados, segundo dados compilados pela plataforma da Universidade Johns Hopkins até às 19h desta segunda-feira. Na lista de países com mais mortes acumuladas, o Brasil ocupa a 6ª posição. BALANÇO COVID-19 CAMPINAS CONFIRMADOS - 1.183 SUSPEITOS - 410 RECUPERADOS - 865 ÓBITOS - 54 CAPITAL CONFIRMADOS - 49.596 SUSPEITOS - 164.677 RECUPERADOS - N/D ÓBITOS - 3.573 ESTADO DE SÃO PAULO CONFIRMADOS - 83.625 SUSPEITOS - N/D RECUPERADOS - N/D ÓBITOS - 6.220 *Informações da Prefeitura Municipal de Campinas e da Secretaria de Estado da Saúde