solidariedade

Quando a vida vem por uma sonda

A dona de casa Alessandra Cristina Reis do Carmo, de 30 anos, busca ajuda para comprar a alimentação especial para o filho de 13 anos

Alenita Ramirez
19/05/2020 às 09:36.
Atualizado em 29/03/2022 às 11:18

Com o marido sem trabalho por conta da quarentena e sem a assistência do Estado há três meses, a dona de casa Alessandra Cristina Reis do Carmo, de 30 anos, busca ajuda para comprar a alimentação especial para o filho de 13 anos, que tem paralisia cerebral e vive em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), montada em sua própria casa, em um apartamento no Residencial Sirius, em Campinas. A família, formada pelo casal, o garoto e mais um casal de crianças, sobrevive atualmente com R$ 1.045,00. Além da despesa básica do mês, o casal ainda paga condomínio e a mensalidade do apartamento que conseguiram junto a programa assistencial. O homem trabalha como pintor e está parado neste período devido ao isolamento social. A alimentação especial, o Nutri Max Multi Fiber, era fornecido pelo Estado, com base em uma ação judicial. Por mês, eram fornecidos 112 garrafas de 350ml. Porém, desde março, segundo Alessandra, o governo estadual deixou de fornecer. Hugo Henrique do Carmo Cardoso sobrevive com alimentação por sonda desde os seis meses de vida. Segundo Alessandra, a enfermidade foi consequência do parto. Ela foi internada em um hospital na cidade e passou o horário do bebê nascer. Quando fizeram a cesárea, a criança já estava sem oxigênio o que o levou a ter uma convulsão logo no nascimento. Hugo ficou internado por um mês e deixou o hospital com o diagnóstico de uma paralisia cerebral acompanhada por convulsões. Na época, ela passou a se dedicar exclusivamente ao filho, porém, não desistiu de ter mais filhos. Ela é também mãe de menina de seis anos e de outro menino de um ano e oito meses. Para conseguir a alimentação especial, ela recorreu as redes sociais e conseguiu até agora a doação de vítimas paralelas, receitadas pelo médico que assiste à criança. “Não tenho ideia de quanto gastaria com a alimentação, mas ele mama cinco vezes ao dia. Eu não consigo comprar, pois é cara. Graças a Deus, ganhei alguns suplementos que dão até final desta semana”, disse. O Nutri Max Multi Fiber pode ser substituído pelo Fantini, o Pediasure, Thophic ou o Nutren Júnior. Cada unidade custa entre R$ 32 e R$ 80 . O Departamento Regional de Saúde (DRS) de Campinas informa que está em andamento nova compra do medicamento, e foi solicitada celeridade à empresa. A família de H. H. C. C. será avisada. Serviço Contato: 9-9443-5009 (Whats) com Alessandra.

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