Quais as propostas para reduzir o desemprego?

A pandemia do novo coronavírus, além das mortes, do aumento de gastos na área da saúde, está deixando também um saldo negativo na economia e no mercado de trabalho. Os prefeitos eleitos irão lidar com problemas graves, a maioria derivada do desemprego e do empobrecimento da população e já nos primeiros dias de governo terão a tarefa de criar condições locais para tentar mudar esse cenário. Redução da carga tributária, prioridade às empresas locais nas compras públicas, corte de comissionados, desburocratização de abertura de empresas, incentivos fiscais, revisão de alíquota de impostos estão entre as propostas dos candidatos a prefeito de Campinas para alavancar a economia da cidade, com geração de emprego e renda em 2021. O mercado financeiro prevê alta de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, mas o cenário futuro ainda é de incerteza. O próximo prefeito de Campinas terá, segundo a estimativa enviada à Câmara, um orçamento de R$ 6,5 bilhões, crescimento absoluto de 4,7% em relação às receitas e despesas válidas para este ano. Descontada a inflação de 2,47% que está sendo estimada pelo mercado financeiro, o crescimento real será de 2,17%%. PROPOSTAS DOS CANDIDATOS Ahmed Tarique (PMN) - Criação do Banco Municipal Carlos Gomes, onde podemos emprestar linhas de crédito com juros baixos com carência de 6 meses, diminuição do ISSPN, da tarifa da água, e do transporte público para atração de investimento privado. Hoje a qualidade de vida e a burocracia custam muito caro para o empresário investir aqui. Diminuição de 80% dos cargos comissionados. Alessandra Ribeiro (PCdoB) - Criação de um Fundo Soberano Municipal vinculado ao Programa Municipal de Renda Mínima e à Política de Microcrédito para as micros, médias e pequenas empresas e trabalhadores informais com recursos das autarquias; Recriação do Conselho Gestor da Cadeia Produtiva; Incentivos às indústrias, Implantação de Programas de apoio à Economia Popular nos Bairros e nas áreas Rurais; Incentivo fiscais com Redução do ISSQN, para estímulo dos serviços. André Von Zuben (Cidadania) - Vamos reduzir o IPTU dos grandes barracões porque eles têm condições de atrair mais empresas a Campinas e assim gerar mais empregos. Vamos apoiar e dar orientação aos micro e pequenos empresários, em parceria com o Sebrae, para que eles possam ter melhor qualificação no seu negócio. Vamos desburocratizar a abertura de empresas e criar um fundo de aval para que as pequenas empresas consigam crédito mais facilitado e com juros mais baixos. Artur Orsi (PSD) - Vamos facilitar o empreendedorismo e melhorar o ambiente de negócios, através da informatização dos processos administrativos, proporcionando mais transparência e menos burocracia. Iremos revisar a política fiscal, especialmente o IPTU. Também vamos aplicar a lei federal que facilita a abertura de empresas sem precisar de alvará. E, ainda, oferecer alternativas para pagamento de impostos e taxas para empresas afetadas pela crise gerada pela Covid-19. Dário Saadi (Republicanos) - Vamos implantar uma política ativa de atração de novos investimentos e empresas para Campinas com a desburocratização e revisão da alíquota do IPTU de Galpões. Estimular as micros e pequenas empresas de diversos setores em incubadoras e por meio de programas de empreendedorismo em parceria com o Sebrae. Fortalecer o CPAT e ampliar a capacitação de jovens e adultos com mais duas unidades do Ceprocamp, no Ouro Verde e Campo Grande. Delegada Teresinha (PTB) - Desemprego se combate com desenvolvimento econômico. Por isso, é preciso retomar em Campinas a sua vocação para o ambiente de negócios. Caso eu venha a ser eleita, quero já no primeiro mês de governo promover a revisão, para baixo, das tarifas de IPTU e também das taxas imobiliárias, como o ITBI. O passo seguinte será iniciar o processo de repatriação das empresas que nos últimos anos deixaram a cidade. Outra linha de ação será a de capacitar e fortalecer o empreendedorismo. Edson Dorta (PCO) - O partido da Causa Operária participa das eleições não para semear falsas propostas eleitorais, mas para mobilizar os trabalhadores a lutar por suas reivindicações. O desemprego é criado pela crise capitalista e pela ganância dos grandes empresários; nesse sentido, o PCO levanta como forma de acabar com o desemprego, a redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais sem redução salarial, de forma que as jornadas sejam menores proporcionando aos desempregados, o acesso ao trabalho. Hélio de Oliveira Santos (PDT) - Um dos grandes desafios da pós-pandemia será recuperar emprego e renda das pessoas. Vou diminuir o “custo Campinas”, revisar e congelar o valor do IPTU por dois anos. Assim, vamos evitar o êxodo do comércio e serviços para as cidades do entorno e atrair novos investimentos, que geram empregos. Vou recriar o Banco da Mulher, para transformar os informais em empreendedores, além de buscar parcerias junto a ONGs e cooperativas. Laura Leal (PSTU) - A crise econômica potencializada pela pandemia gerou uma onda de demissões. Na cidade são mais de 102 mil desempregados e 97 mil tiveram redução salarial. Para salvar os empregos faremos uma lei que garanta estabilidade e a redução da jornada de trabalho para 30 horas para que todos trabalhem. Propomos um plano de obras públicas para construção de infraestrutura urbana, restaurantes e casas populares, creches, hospitais e postos de saúde. Pedro Tourinho (PT) - Criaremos a renda básica paga em moeda social que circulará apenas na cidade, estimulando pequenos negócios, que terão acesso a microcrédito. As compras públicas (alimentos, produtos e serviços) vão dar prioridade às empresas locais. Parte dos tributos será reembolsada em moeda social. Vamos investir em infraestrutura urbana e serviços para garantir a recuperação sustentável da economia. Campinas não pode continuar tão desigual, burocrática e cara. Rafa Zimbaldi (PL) - Vamos propor uma lei de incentivo para a atração de novas empresas e geração de empregos. Fazer um planejamento que promova o incentivo fiscal às empresas no que se refere à questão do ISSQN. Queremos incentivar as empresas que já existem e atrair novas para a geração de emprego e renda. Também vamos rever a planta genérica do IPTU. Campinas precisa de parcerias inteligentes, agilidade do Poder Público e vontade de fazer. Apoiar as empresas é fundamental. Rogério Menezes (PV) - Em 2021 elaborar Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico Pós-Pandemia - Green New Deal 2050 - com ações para a recuperação da economia e foco nas vocações da cidade e concluir os processos de Concessões/Parcerias Público Privadas em curso: Iluminação, Lixo e Transporte, (R$2,3 bilhões), para favorecer a retomada econômica; também iremos organizar frentes de trabalho emergenciais para plantio de 2,5 milhões de mudas do Plano do Verde e obras de calçadas acessíveis. Rogério Parada (PRTB) - Para gerar empregos é preciso apoiar quem produz empregos! No primeiro ano de governo pretendemos diminuir a carga tributária, custos indiretos e atual burocracia simplificando e extinguindo processos (regularização, consultas, licenças, alvarás, etc), criar uma estrutura municipal de apoio ao empresário para resolução de questões estaduais e federais que impedem a atividade. Em resumo, baixar o "custo Campinas" e diminuir o "risco Campinas". Wilson Matos (Patriota) - Vou implantar um sistema de testagem em massa para monitorar a Covid-19 e criar um ambiente de confiança para os empreendedores. Ao mesmo tempo, vou enxugar a máquina pública e cortar 85% dos cargos comissionados. Com essa economia, investirei em programas sociais para as famílias carentes. Pretendo renegociar as dívidas e buscar crédito a juros baixos aos pequenos e médios empreendedores, criando um ambiente favorável à criação de empregos.