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Quadrilha tenta aplicar golpe em família de enfermo

Ao menos seis vítimas relataram terem sido alvos dos criminosos na semana passada, porém, elas não caíram no golpe porque tinham sido orientadas pela administração do hospital

Alenita Ramirez
11/10/2017 às 09:51.
Atualizado em 22/04/2022 às 18:01
Quadrilha tenta aplicar golpe em família de enfermo (Divulgação)

Quadrilha tenta aplicar golpe em família de enfermo (Divulgação)

Quadrilhas voltaram a tentar aplicar golpes em famílias com parentes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais de Campinas. Ao menos seis vítimas relataram terem sido alvos dos criminosos na semana passada, porém, elas não caíram no golpe porque tinham sido orientadas pela administração do hospital. Nenhuma delas registrou boletim de ocorrência. Os enfermos estão internados no Hospital e Maternidade Madre Theodora. De acordo com os relatos, os golpistas se passam por médicos, apresentando o quadro de saúde do paciente. Em seguida, informam a necessidade de um exame que, segundo eles, não era coberto pelo plano de saúde da família. Em março do ano passado, o Hospital Irmãos Penteado foi alvo dos criminosos e o caso chegou a ser investigado no 13º Distrito Policial (DP), no Cambuí. Alguns meses antes, os ladrões também aplicaram golpes em famílias com pacientes internados no Hospital Beneficência Portuguesa e chegaram a extorquir vítimas. Para evitar que as famílias caíssem no golpe, os hospitais passaram a fazer orientações e também a deixar informativos em alas das unidades. “Meu irmão está internado há 25 dias e na semana passada, durante o horário de visita, uma funcionária do hospital passou e orientou todas as famílias sobre o golpe. O interessante é que logo que cheguei em casa recebi a ligação de um homem que se apresentou como médico e relatou o quadro de saúde do meu irmão. Como justo naquele dia ele estava com um sangramento, eu me assustei e por pouco acreditei no que ele me falou, mas me lembrei da orientação da funcionária e desliguei o telefone”, contou a professora Carmem Selma Borges das Neves, de 51 anos, cujo irmão está internado no Madre Theodora. Outras quatro famílias também relataram terem sido procuradas por um falso médico. Para cada uma delas, os golpistas se apresentaram com nomes diferentes. Policiais civis do 7º DP, em Barão Geraldo, distrito que responde pela região do hospital, afirmaram que não há registros de boletins de ocorrência sobre o golpe e orientaram para que as vítimas, mesmo que não tenham depositado dinheiro, façam a comunicação para que o caso seja apurado. Em nota, o Hospital e Maternidade Madre Theodora informou que orienta seus pacientes, acompanhantes e profissionais sobre os riscos de práticas ilegais como pedidos de depósito ou transferência bancária, com finalidade relacionada ao tratamento médico. “Em comunicado disponível nos quartos e demais áreas, o Madre Theodora reforça que todos os trâmites de pagamento — de procedimentos clínicos, medicamentos ou materiais — ocorrem somente por meio de contato pessoal de funcionário do departamento financeiro”, frisou. A instituição reforçou que segue protocolos para garantir o sigilo e a segurança dos dados de seus pacientes e acompanhantes e vê com preocupação o aumento de golpes, efetivados por agentes externos às instituições de saúde.

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