A agência da Caixa em Piracicaba foi a quinta atacada com uso de explosivos esta semana
Seguranças a recolhem aríete que foi usado pelos criminosos para arrombar portas da agência bancária atacada (Christiano Diehl Neto/Gazeta de Piracicaba)
Eram 3h da manhã. E foram 30 minutos de tiros, barulhos de bombas e pânico, relatam os ainda amedrontados moradores da região central de Piracicaba. Na madrugada de ontem, uma quadrilha fortemente armada com explosivos e fuzis realizou um roubo à agência da Caixa Econômica Federal, da Praça José Bonifácio. A agência da Caixa em Piracicaba foi a quinta atacada com uso de explosivos esta semana no interior de São Paulo. Para acessar os cofres da agência, que continham dinheiro e joias, os assaltantes arrombaram portas e explodiram paredes do banco. Segundo a Polícia Federal, que investiga o caso, o bando era formado por “pelo menos 15 integrantes e utilizou oito veículos durante a ação criminosa”. Após a fuga, dois suspeitos foram detidos pela Polícia Militar na Rodovia dos Bandeirantes, próximo a Hortolândia, e levados à sede da PF em Piracicaba. Um deles foi preso em flagrante e o outro foi ouvido e liberado porque, a princípio, não houve comprovação de sua participação no crime. E um terceiro homem, que deu entrada no Hospital Unimed com ferimentos a bala, está sendo averiguado como possível membro do grupo. Pela manhã, o rastro de destruição e a movimentação de policiais e peritos ocuparam a curiosidade do povo que trafegava pela área. Pelo chão havia muito vidro quebrado, além de diversas marcas de bala em paredes e sacadas de prédios. Estragos causados por uma parte dos criminosos que, para garantir a ação de seus comparsas no interior da agência, tomaram a região da praça e garantiram sua ocupação na base da bala. De acordo com relatos de testemunhas, os bandidos “blindaram a praça” durante meia hora para repelir qualquer possível retaliação de policiais. “Em princípio, não houve troca de tiros com a polícia. Eles (assaltantes) estavam fazendo disparos para evitar qualquer tipo de aproximação”, informa o delegado Florisvaldo das Neves, responsável pela comunicação social da PF de Piracicaba. “É um caso complexo e as investigações estão em andamento, com análises periciais, de vídeos, de veículos apreendidos diligências”, acrescenta. O número de assaltantes ainda é incerto, diz Neves. “Ainda não fechamos as contas, mas, por baixo, são mais de 15 pessoas envolvidas. E as investigações apontam que são pessoas de fora de Piracicaba. Até agora temos um preso oficialmente, que foi encaminhado para o CDP de Piracicaba”, conta.