Sete detentos do regime semiaberto foram flagrados embalando 1,2 kg de maconha para venda
Reeducantes do semiaberto flagrados embalando maconha no Cemitério da Saúde são levados para delegacia (Gustavo Tilio/Especial para AAN)
Sete, dos 17 reeducandos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Hortolândia que deveriam trabalhar na manutenção e limpeza do Cemitério da Saudade, em Campinas, foram presos em flagrante na tarde desta quinta-feira (21) ao serem flagrados embalando maconha.
Agentes de segurança penitenciária flagraram o grupo após uma denúncia anônima.
De acordo com a delegada Maria Bernadete Steter, titular do 5º Distrito Policial, onde o caso foi registrado, o grupo aproveitava o horário de almoço para empacotar a droga.
"Agora, vamos investigar como eles conseguiram a maconha. Além disso, vamos pedir a revogação do regime semiaberto e eles devem voltar ao regime fechado, provavelmente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Hortolândia", disse.
Com os detentos, foram apreendidos 1,2 quilo de maconha, distribuídos em vários pacotinhos, duas facas, uma serra e sacos plásticos para embalar a droga.
Segundo a delegada, eles responderão por tráfico e associação ao tráfico de entorpecentes.
Os presos foram flagrados pelos próprios agentes penitenciários. Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) confirmou o caso.
"As equipes de ronda externa do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Hortolândia, composta por agentes de segurança penitenciária (ASP), flagraram e detiveram um grupo de sete reeducandos que no momento da abordagem enrolava uma grande porção de substância semelhante a "maconha".
Após o registro do caso, no 5º DP, eles foram removidos para um "Centro de Detenção Provisória a ser indicado pela Coordenadoria dos Estabelecimentos Prisionais da Região Central."
O comunicado destacou "o valoroso empenho dos agentes de segurança penitenciária que, graças ao empenho e dedicação conseguiram deter os reeducandos."
A Prefeitura de Campinas lamentou o ocorrido e disse que a Serviços Técnicos Gerais (Setec) negocia junto à Central Integrada de Monitoramento de Campinas (Cimcamp) a implantação de câmeras de monitoramento dentro do cemitério para evitar casos semelhantes.
De acordo com a Prefeitura, Programa Reeducando é uma parceria com Fundação Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap) para alocação de mão de obra prisional. No programa, iniciado em 2006, são gerados cerca de 400 trabalhos realizados por presos de regime semiaberto.
As atividades laborais são realizadas nas 14 administrações regionais e quatro subprefeituras, sendo elas: limpeza urbana, conservação e manutenção dos próprios públicos o recapeamento das vias públicas da cidade e demais atividades de manutenção.
O programa conta com a participação dos sentenciados da Grande São Paulo e os demais são da região metropolitana de Campinas.
Os principais municípios envolvidos são Campinas, Sumaré e Hortolândia. São sentenciados do regime semiaberto, das unidades prisionais conveniadas, sendo o Centro de Progressão Penitenciária Professor Ataliba Nogueira, de Campinas, e a Penitenciaria de Hortolândia.