ENTREVISTA

PUC-Campinas terá centro para formar professores

Reitor adianta que o projeto será aberto a toda a rede básica de ensino

Edimarcio A. Monteiro/ [email protected]
25/12/2022 às 10:58.
Atualizado em 25/12/2022 às 10:58
O reitor da PUC Campinas, Germano Rigacci Júnior, em seu gabinete: “A nossa universidade tem primado para oferecer uma formação de qualidade” (Rodrigo Zanotto)

O reitor da PUC Campinas, Germano Rigacci Júnior, em seu gabinete: “A nossa universidade tem primado para oferecer uma formação de qualidade” (Rodrigo Zanotto)

A Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC) tem projetos em andamento para ampliar o seu papel como entidade de ensino, gerador de inovação e novos empreendimentos em Campinas. O reitor da instituição, Germano Rigacci Júnior, aponta que um deles é inaugurar, em março, um centro de formação de professores. Ele será voltado aos docentes da universidade, mas também aberto a professores de educação básica da rede pública, tendo como uma das missões apresentar metodologias de ensino que incorporem novas tecnologias.

Nessa entrevista ao Correio Popular, a convite do presidente-executivo do jornal, Ítalo Hamilton Barioni, o reitor também fala sobre o projeto de criar em Campinas um hub gastronômico, que começa em 2023 com o lançamento do curso de Gastronomia, que já está entre as opções para o vestibular do próximo ano, com as inscrições abertas até 23 de janeiro. Ele abordará as culinárias brasileira, italiana, francesa e alemã, além de lançar inovações nessa área no futuro. Rigacci Júnior também aponta que o Polo de Inovação e Desenvolvimento (PIDS) é uma oportunidade para Campinas ser um exemplo ao país e ao mundo na implantação de uma área sustentável de inovação e pesquisa.

Nascido em Campinas, mas criado em Vinhedo, o reitor anunciou ainda que a instituição lançará, no próximo ano, um novo projeto para captação de recursos visando a restauração do antigo Solar do Barão de Itapura, na Rua Marechal Deodoro, que abrigou o campus central da universidade. A iniciativa se insere dentro da proposta da Prefeitura de revitalizar o Centro. Além disso, Rigacci Júnior fala sobre os desafios da educação no Brasil e como a universidade se prepara para o futuro.

De onde o senhor veio, onde estudou até chegar na PUC? Eu nasci em Campinas, mas fiquei dois dias porque minha mãe veio dar à luz aqui, mas fui criado em Vinhedo. A família é toda de lá. Depois, no ensino superior, vim para cá fazer Filosofia na PUC, onde fiz a graduação e licenciatura. Depois, fiz mestrado e doutorado em Filosofia na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Comecei a lecionar na universidade na área de Filosofia já no final da década de 80. Esse é um pouco do percurso da formação acadêmica. Lecionei na graduação e também fui professor de pós-graduação da Filosofia na universidade. Em 2002, comecei a me envolver na gestão da universidade a convite, num primeiro momento, do diretor do Centro de Ciências Humanas, que me convidou para ser coordenador do Núcleo de Pesquisa e Extensão. O padre Wilson (Denadai, que foi reitor até 2009), quando assumiu em 2006, me convidou para ser pró-reitor de Graduação. Depois, continuei como pró-reitor de Graduação no primeiro mandato da professora Angela (de Mendonça Engelbrecht, reitora em dois mandatos, de 2010 a 2018). No segundo mandato, ela me convidou para ser vice-reitor e eu acabei a sucedendo como reitor da universidade e assumi em 2018. Meu primeiro mandato terminou em 31 de janeiro de 2022 e Dom João Inácio (Müller, arcebispo metropolitano de Campinas) me conduziu para um segundo mandato como reitor.

Quais as novidades que o senhor reserva para o seu segundo mandato, principalmente para o biênio 2023-2024?

Primeiro, o mandato se inicia com a implantação de algumas propostas no final de 2021, como o Programa Mescla, que tem situado a universidade nesse ecossistema de inovação de Campinas. O programa tem quatro eixos fundamentais: o primeiro eixo é promover o empreendedorismo e inovação; o segundo, um núcleo de inovação tecnológica; o terceiro é o das unidades de referência voltadas à pesquisa aplicada, onde nós procuramos desenvolver pesquisas articulando a universidade com o setor produtivo e a sociedade de um modo geral; e o quarto eixo do Programa Mescla é o desenvolvimento de cursos de especialização, de extensão no ambiente Mescla, atendendo as demandas específicas da inovação e do empreendedorismo. 

Então, qual é o próximo passo?

Eu acho que um grande desafio nesse momento é avançar na implementação do Programa Mescla. Mas, ele não é um programa solto, está sob a cobertura do horizonte estratégico da universidade. Esse novo horizonte estratégico tem cinco eixos bem definidos. O primeiro é a sustentabilidade econômica e ambiental; o segundo é o eixo da inovação e empreendedorismo; o terceiro é o da internacionalização da universidade; o quarto eixo é o do envelhecimento e longevidade; e o quinto é preservar e manter as relações humanas afetivas nos ambientes da universidade. São eixos estratégicos que unificam o que a universidade pensa.

O novo curso de Gastronomia está encaixado dentro desse perfil?

Sim. Pretendemos levar adiante a inovação na Gastronomia, atendendo também a dimensão da sustentabilidade da instituição e, também dentro do eixo de inovação. É um curso que tende a promover o empreendedorismo. Ele está alinhado ao eixos estratégicos da instituição. Nós temos um outro curso que também está sendo lançado que é o de Engenharia de Alimentos, que vai na mesma direção: sustentabilidade, inovação e empreendedorismo. Ele também se associa ao curso de Gastronomia dentro de uma grande área que acho que estamos começando a construir dentro da universidade, que é essa que trata da Gastronomia, da Engenharia de Alimentos e da Nutrição, que é um curso que já temos há alguns anos.

Esses dois novos cursos já são para 2023? Qual será o currículo que o aluno encontrará no de Gastronomia?

Eles já estão na campanha do vestibular para 2023. No de Gastronomia, o aluno encontrará uma infraestrutura de alta qualidade, tudo que há de sofisticado e de alta qualidade para ele desenvolver suas atividades práticas e de ensino. Segundo, vai encontrar um corpo docente de alta competência e especializado em diversas frentes da gastronomia, como, por exemplo, a culinária brasileira, italiana, francesa e alemã, e outras inovações que pretendemos introduzir ao longo do curso.

No caso da Engenharia de Alimentos, vai nessa mesma linha?

A Engenharia de Alimentos é mais voltada para a produção de alimentos em linha industrial. São os alimentos em conserva, conhecimentos para transformar o que é in natura em alimentos com maior prazo de validade.

A ideia é criar um núcleo nessa área de gastronomia?

Nós queremos criar um hub de formação na área de gastronomia. A USF (Universidade São Francisco) oferece também um curso de Gastronomia no Cambuí e tem outros institutos particulares, mas focados apenas na formação de profissionais.

O termo hub me lembra o projeto em parceria entre a Unicamp, a PUC e outros órgãos de pesquisas, que é o PIDS (Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável de Campinas). Como o senhor está vendo esse projeto em termos de oportunidadade para a PUC?

Não é uma oportunidade para a PUC, mas para a cidade de Campinas. A PUC vem participando desse projeto desde 2018, quando o então reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, nos convidou para participar desse desafio, que foi avançando. Desde então, agregou mais agentes nesse processo, sobretudo situados naquela região, os institutos de pesquisa, o CPqD, por exemplo, CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), Instituto Eldorado, entre outros, além da Prefeitura. Com o financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para a produção do masterplan, o projeto deu um passo a mais. O escritório sul-coreano KRIHS (Korea Research Institute for Human Settlements) foi o escolhido pelo banco para fazer todo esse processo de construção do masterplan, que já colocou diretrizes, digamos assim, para constituição desse hub, que originalmente foi inspirado pelas 17 ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas) na agenda 2020-30. Recentemente, o projeto ganhou força com a proposta do PIDS, que é a criação do Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura, que propôs diretrizes viárias, de ocupação do espaço para aquela região. Ou seja, transformou as diretrizes do Ciatec II, que às vezes criavam muito mais impedimentos para o desenvolvimento, para algo mais atual, inovador e mais aberto. Acho que a Prefeitura de Campinas dá um passo importante com o PIDS. Ela permite, digamos assim, as universidades, os centros de pesquisa, as empresas de tecnologia que tenham interesse em se filiar ao hub encontre incentivos para se instalarem na região e ali desenvolverem seus projetos de inovação que repercutam em conhecimento, em pesquisa.

O PIDS está na fase de receber sugestões públicas para a definição do projeto de lei a ser enviado para a Câmara Municipal para a sua criação. Dá para ter uma previsão de quando o projeto deve começar a sair do papel e se tornar uma realidade para Campinas?

Há um interesse da Prefeitura, pelo que eu sei, que isso aconteça com a maior celeridade possível. Nós também esperamos que isso seja feito dentro dessa perspectiva de rapidez e celeridade. Esse projeto é muito bom. Eu participei de duas exposições feitas com a presença do prefeito (Dário Saadi), das secretárias Adriana Flosi (Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação), Carol (Carolina Baracat Lazinho, Planejamento e Urbanismo) e do secretário Aurílio Caiado (Finanças). As diretrizes ali consideradas são bastantes atuais, comparáveis com o que o próprio masterplan propõe, há coisas que são convergentes, elas não se confrontam, não são divergentes. Isso é importante para a cidade de Campinas.

Quais são os benefícios para a PUC?

Acho que os benefícios não são só para a PUC. O benefício para a universidade é que ele vai se incorporar a esse ecossistema de inovação. Mas o benefício é para aquela área toda, são 17 milhões de metros quadrados que serão abarcados por esse projeto, dando diretrizes de zoneamento e viárias, o que permitirá que possa se constituir uma região marcada pela inovação na mobilidade, acessibilidade, no desenho urbano e arquitetônico. Os proprietários de terra naquela região poderão se beneficiar muito ao entenderem o projeto e traçarem empreendimentos na linha dessa proposta. Ela traz, não só para a PUC, mas também para a Unicamp e agentes ali instalados e proprietários de terra, um valor agregado que é de todos estarem imersos e envolvidos em um ambiente de inovação. E mais: pode ser uma área exemplar para o país e para o mundo.

Como foi a viagem da comitiva à Coreia do Sul para conhecer projetos semelhantes?

O BID promoveu a viagem de grupo à Coreia do Sul, organizada pelo escritório que fez o masterplan, para conhecer os projetos no país. O que se vê lá nessas regiões planejadas, como é o que pretendemos em Campinas, é que incorporam o tema da sustentabilidade ambiental, infraestrutura inteligente, o que garante fácil mobilidade, uma segurança maior. Isso é algo que vai levar Campinas a outro patamar como exemplo de cidade inovadora, de cidade que promove o empreendedorismo e que está à frente no tempo. A diferença entre a Coreia e aqui é que lá o modo de gestão é o chamado top down. Eu fui visitar uma cidade, Sejong, que foi planejada em área degradada comprada pelo Estado, que depois revende. O lucro imobiliário é do Estado. O KRIHS é um escritório que presta serviços para o governo e há outros agentes que fazem isso, planejam tudo. Essa parte é para prédios residenciais, essa para prédios comerciais, outra para centros de pesquisa, universidade. Essa cidade planejada que conheci começou em 2006, hoje tem por volta de 150 mil habitantes, mas até 2030 deve ter 500 mil habitantes. A cidade está toda desenhada, o planejamento urbano, mas isso funciona lá.

O que é gestão top down e como ela funciona na prática?

A gestão top down é: faz e vai fazer. Nós temos uma outra cultura e tem vários agentes envolvidos. Não estou dizendo que lá é melhor do que aqui, ou aqui é melhor do que lá. Temos que respeitar essa diferença, lidar com o que podemos fazer aqui. A independência da Coreia do Sul em relação ao Japão foi no início da década de 1960. Ela deu passos tão significativos na sua história porque durante toda a década de 60 investiu em educação, o que fez com que ela se tornasse o que é hoje. As bases também passaram por incentivar as empresas que estão lá, que hoje estão disputando espaço pelo mundo afora, disputando espaço com empresas americanas e chinesas. São empresas como Samsung, Hyundai, Kia, LG. São grandes nomes que só puderem se tornar o que são a partir desse investimento na edução que a Coreia fez. Primeiro investimento na educação básica e depois isso para para a educação de nível médio e superior.

Aproveitando o tema que o senhor colocou agora, como vê a educação no Brasil e o que defende de mudanças e aprimoramentos nesse processo, principalmente no ensino superior, que é a sua especialidade?

Não podemos pensar em ensino superior, sem pensar em educação básica. De um modo geral, a educação básica avançou no Brasil, mas a pandemia revelou todas as suas deficiências, que têm diversas causas. Uma das causas é a forma de se organizar a educação básica no Brasil para saber quem é responsável por ela. Se não houver uma federalização, fica muito difícil, porque o município fica responsável pela educação fundamental, as primeiras séries. Depois o governo estadual vem e fica com o ensino médio. Um tem dinheiro para investir, ou outro, não. Veja Campinas: a qualidade da educação básica pública é muito boa, a da particular também. Mas o município investe muito. A faixa salarial dos professores da rede básica de Campinas é muito boa, seja do fundamental 1, fundamental 2. Aí vamos para o Estado, que agora tem a proposta de promover a educação integral. Vamos ver como isso vai avançar. Tem as novas diretrizes curriculares para a educação do ensino médio e precisamos ver como isso será implementado. O segundo ponto que vejo que afeta a edução básica pública, que também afeta a universidade e vai afetar cada vez mais, é a evasão dos estudantes do ensino médio. Poucos entram e, desses poucos, muitos saem antes de concluir o ensino médio. Isso é um problema para o país.

O que é a federalização que o senhor defende?

É pactualizar. O governo federal tem que fazer um pacto e ver onde os municípios têm dificuldades para investir e ajudar. Investir em educação não é barato, apesar de a lei obrigar a destinação de 25% do orçamento. Muitos municípios têm muitos recursos para investir, mas outros, não. É preciso também considerar toda a diversidade regional do país. O Ceará têm um projeto de educação que resultou em um Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) que tem o desempenho que tem. Precisamos ir e ver o que foi feito. Pernambuco também investe.

Qual a importância das universidades no país hoje?

Sobretudo nesse tempo pós-pandemia, considerando tudo aquilo que as universidades fizeram em pesquisas, no campo do conhecimento, do ensino, das atividades extensionistas e que vem sendo feito ainda hoje, a perspectiva é tornar que o nosso país tenha uma certa independência na produção de conhecimento, de tecnologia e que isso permita crescer e se desenvolver enquanto uma nação próspera. As universidades hoje, sejam elas públicas, federais ou estaduais; comunitárias confessionais, como é o caso da nossa, a Pontifícia Universidade Católica, uma instituição confessional e comunitária, sem fins lucrativos, desenvolvem com muita seriedade a formação de nossos estudantes, os projetos de pesquisa, sempre procurando articulá-los com o modelo da tríplice hélice, buscando uma demanda comum entre as universidades, o setor produtivo e setor governamental. Hoje, essas instituições têm contribuído muito na excelência de suas atividades. O sistema estadual paulista, que reúne a USP (Universidade de São Paulo), Unicamp e Unesp (Universidade Estadual Paulista), tem uma significativa importância nesse processo de produção de conhecimento e de inovação.

Quais são os principais valores, visão e objetivos da PUC hoje?

A nossa universidade tem primado para oferecer uma formação de qualidade, sustentada agora em seus currículos baseados na competência. Procura ensinar ao aluno o conhecimento próprio da área que ele escolheu estudar, mas também contribuir para o desenvolvimento das competências, habilidades e atitudes necessárias para ele enfrentar o mundo que está em constante mudança e que, certamente, exigirá dele, além de conhecimentos sólidos das ciências básicas, muita competência, habilidade para enfrentar os novos desafios que estão sendo colocados dia a dia para toda a humanidade. Nós também primamos por valores éticos e cristãos que devem nortear a vida de todas as pessoas. Nós temos notado que nossos alunos saem com esse referencial. Além de uma formação muito boa, de qualidade, eles saem com uma formação calcada em princípios e valores. Por isso, nós acompanhamos aqui o que o Papa Francisco pede, que é estar presente no compromisso global de educação, que é uma educação centrada na pessoa, na formação integral da pessoa.

A PUC tem como um de seus eixos o envelhecimento e a longevidade. Por quê?

Nós temos uma variável demográfica que, a partir de 2030, teremos uma concentração maior da população na faixa etária acima de 50 anos. Nós estamos vivendo o que alguns chamam de janela de oportunidade demográfica com muitos jovens que tende a se inverter. Essas duas variáveis podem ser encontrar lá na frente e se tornar um problema. Alguns países da Europa já vivem isso, envelhecimento da população e baixa natalidade. Baixo nível de nascimento significa que lá na frente teremos poucos jovens entrando nas universidades. A universidade precisa pensar caminhos para que possa continuar oferecendo ensino e educação na perspectiva de atender a outros públicos, talvez com uma faixa etária maior. Sem contar que hoje, mundo afora, nós temos, já como efeito dessa variável demográfica, a ideia que a educação hoje é o conceito lifelong learning, que é a educação ao longo da vida. Então, com 70 anos, as pessoas ainda querem estudar, não exatamente fazer uma graduação, mas um curso mais rápido, mais prático. Nós já temos o projeto Vitalità, com o tripé: qualidade de vida, sempre 60 mais; empreendedorismo sênior e a formação nessa idade. No ano passado, tivemos 800 pessoas inscritas nesse projeto.

Como está o projeto de restauração do prédio da PUC Central, que é importante para a proposta da Prefeitura de revitalização do Centro de Campinas?

Nós temos ali uma área onde está o Solar do Barão de Itapura, um espaço em que a universidade cresceu durante 30 anos, até ela se expandir para os campi 1 e 2.O solar é uma referência para a universidade e para a história de Campinas, pois foi inaugurado em 1883, no apogeu da economia cafeeira na cidade. Quando a Diocese compra o solar da dona Isolete Souza Aranha, ele vai se transformar em um ambiente de estudos, de formação para os diversos cursos. Nós vamos entregar para a cidade, após a restauração, um prédio com a mesmas características arquitetônicas da época da inauguração. Ele será transformado em um espaço de convivência, cultural, muito agradável. O projeto de restauração já está pronto e aprovado pelo Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas) e Condephat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico). O que precisamos agora é buscar recursos, que são altos. Estamos inscrevendo novamente o projeto na Lei Rouanet. Ele já foi inscrito anteriormente, autorizado em 2019, mas aí veio a pandemia e tudo ficou mais difícil. Ele será um espaço para o museu da universidade, o museu arquidiocesano e de oficinas culturais. Será um espaço muito rico.

Quais outras novidades da PUC-Campinas para 2023?

Nós temos alguns novos projetos para 2023. Nós estaremos inaugurando, já em março, um centro de formação de professores, que será voltado para os nossos docentes e também para professores da educação básica, por meio de convênios com as prefeituras e escolas. Nós queremos tornar esse ambiente imersivo, em que os professores poderão pensar a prática docente, buscar novas metologias que incorporem novas tecnologias.

Qual é o seu hobby?

Eu gosto de fazer minha parte doméstica, que são as compras de supermercado. Isso me distrai bastante. Também gosto de ler, dirigir, fazendo viagens pelas estradas, e ouvir música.

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