destituição

PSL deixa base do governo na Câmara

O vereador informou ontem que aguardará a decisão da Justiça na ação que contesta a destituição do diretório municipal pela executiva estadual

Maria Teresa Costa
04/10/2019 às 07:48.
Atualizado em 30/03/2022 às 15:09

O PSL de Campinas saiu da base de governo na Câmara de Campinas e, com isso, a situação do único parlamentar do partido, o vereador Edison Ribeiro, e de oito comissionados que ele mantém na Prefeitura está indefinida. O vereador informou ontem que aguardará a decisão da Justiça na ação que contesta a destituição do diretório municipal pela executiva estadual, presidida pelo deputado Eduardo Bolsonaro, para se manifestar e definir seu destino. Na comissão provisória nomeada por Bolsonaro, cinco dos seis membros da executiva são assessores parlamentares do vereador Tenente Santini (PSD). Ribeiro disse que a destituição do diretório não respeitou o estatuto do partido, que define que parlamentares eleitos deverão ter preferência para presidir os diretórios e comissões provisórias municipais. Ele é o único eleito. O presidente destituído, André Ribeiro, filho do parlamentar, disse ontem que a comissão não tem legitimidade e que não houve qualquer diálogo da executiva estadual antes da decisão. “Não é assim que funciona, não é assim que se faz”, disse. O PSL decidiu deixar a base de governo na Câmara porque há decisão do Tribunal de Justiça pela cassação do mandato do prefeito Jonas Donizette (PSB) por improbidade administrativa (está em fase de recurso). Além disso, o escândalo envolvendo o contrato da Vitale no Hospital Ouro Verde e a exoneração de oito assessores do parlamentar na Prefeitura na época da eleição para a Presidência da Câmara - Edison Ribeiro apoiava o vereador Gilberto Vermelho contra o candidato do governo Marcos Bernardelli - e a posterior recontratação, estão entre os argumentos do partido para deixar de integrar a base. O presidente da Comissão Provisória, Ronny Carnauskas, disse que nos próximos dias haverá reunião da executiva provisória para definir como o partido irá atuar na Câmara. Uma das decisões será pelo fechamento de questão na votação de projetos. Segundo ele, se o parlamentar votar contra a decisão do partido, sofrerá medidas disciplinares que podem levar até a expulsão da legenda. A reunião também vai definir o destino dos comissionados do PSL existentes na Prefeitura. “Vamos pedir para que eles entreguem os cargos. Se o prefeito desejar que eles permaneçam e eles ficarem, não estarão mais lá como cargos do partido, porque o PSL está fora da base de governo”, disse. Carnauskas disse que o fato de não ser mais base não significa que o partido deixará de apoiar projetos do prefeito que chegarem à Câmara. “Se forem propostas de interesse da cidade, o PSL votará a favor”, afirmou.

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