TECNOLOGIA

Protótipo de R$ 40 mi da Sony é furtado em Campinas

Aparelho celular levado de empresa de certificação seria vendido por R$ 1 mil e mais um smartphone por receptador

Jaqueline Harumi
29/07/2015 às 05:00.
Atualizado em 28/04/2022 às 17:42
Aparelho teria sido adquirido através de um grupo de venda e troca, segundo informações de rapaz detido (  Divulgação)

Aparelho teria sido adquirido através de um grupo de venda e troca, segundo informações de rapaz detido ( Divulgação)

Um protótipo de aparelho celular que custou cerca de R$ 40 milhões para ser desenvolvido pela empresa Sony, segundo apuração do 7º Distrito Policial de Campinas, foi furtado de uma empresa de certificação no distrito de Barão Geraldo entre os últimos dias 17 e 20, e recuperado na segunda-feira (27) com um rapaz identificado apenas como R.C.F., de 27 anos, que oferecia o aparelho por meio de um grupo em rede social voltado para a venda e troca de celulares. Segundo o delegado Luiz Antônio Correia da Silva, responsável pelo caso, o anúncio foi localizado após busca em vários sites. “Nos passamos por compradores, fechamos um preço (um smartphone e R$ 1 mil) e combinamos para fazer a entrega em uma lanchonete de Barão”, relatou. A prisão aconteceu no início da tarde. De acordo com a polícia, F. não possui passagem criminal e, inclusive, estava empregado, mas a profissão não foi informada. Ele foi indiciado por receptação qualificada e recolhido à cadeia anexa ao 2º DP sem direito à fiança, pois comercializava o produto de origem ilícita. O protótipo estava em uma sala da empresa de certificação, que não teve o nome divulgado por questão de segurança, até o dia 17, sexta-feira, e sua ausência foi notada no início do expediente do dia 20, uma segunda-feira. O delegado responsável pela investigação afirmou que várias pessoas circularam na sala, que possui senha de acesso e não foi arrombada, mas não possui câmera de monitoramento, o que dificulta a identificação da autoria. O detido disse em depoimento à polícia que adquiriu o protótipo também através do grupo de venda e troca e, como não possui vínculo com a empresa vítima, não foi considerado autor do furto. O delegado Silva afirmou que o lançamento do aparelho aconteceria assim que o protótipo passasse por certificação com preço de venda entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil. O Departamento de Polícia Judiciária São Paulo Interior 2 (Deinter 2) afirmou em nota que a ação rápida da Polícia Civil evitou que o protótipo caísse em mãos erradas e fosse “pirateado” antes mesmo de ser lançado no mercado. Procurada pela reportagem, a divisão mobile da Sony no Brasil disse apenas que tomou conhecimento do ocorrido recentemente por meio da empresa de certificação e que está acompanhando o caso. A empresa não deu detalhes sobre o produto nem sobre as medidas tomadas e como o lançamento foi afetado diante do crime.

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