CAMPINAS

Projeto que adota OSs é aprovado na Câmara

Em duas sessões extraordinárias, 26 vereadores votaram o projeto de lei (4 contrários); votações ocorreram na legalidade e no mérito e agora seguem para a sanção do Executivo

Do Correio.com
17/03/2015 às 12:16.
Atualizado em 24/04/2022 às 02:16
Os vereadores votaram o projeto que permite ao governo do prefeito Jonas Donizette (PSB) contratar organizações sociais ( Dominique Torquato/ AAN)

Os vereadores votaram o projeto que permite ao governo do prefeito Jonas Donizette (PSB) contratar organizações sociais ( Dominique Torquato/ AAN)

A Câmara de Campinas aprovou o projeto que autoriza a Prefeitura a contratar organizações sociais (OSs) em votação em sessão extraordinária nesta manhã de terça (17). Com o voto de 25 vereadores favoráveis e 4 contrários na primeira votação - na segunda consulta, 26 vereadores foram favoráveis - Campinas ampliou de três para sete o número de secretarias que poderão contratar as organizações para atuar em parceria com o poder público. A oposição tentou adiar a votação, pedindo mais tempo para debates, mas foi derrotada. Durante a primeira discussão da proposta, houve polêmica e muito bate-boca entre vereadores da oposição e da base governista. Com a aprovação nas duas votações, representantes dos setores afetados saíram em passeata até a Prefeitura.A presidência da Câmara limitou o número de presentes no plenário para acompanhar a votação. Pessoas contrárias ao projeto, representantes das áreas que serão afetadas pelas contratações, protestaram e o reforço da tropa da Guarda Municipal (GM) foi solicitado pela Casa. Muitos ficaram para fora da Câmara e, munidos com cartazes e faixas, criticavam o projeto. Inicialmente, as pastas que se beneficiarão são Educação, Cultura e Saúde. No projeto encaminhado à Câmara Municipal, o Executivo também poderá firmar contratos na Educação, Meio Ambiente, Assistência Social e Desenvolvimento Tecnológico.As votações ocorreram na legalidade e no mérito e agora seguem para a sanção do Executivo. A justificativa para ampliar a participação do terceiro setor é que o Executivo não tem mais como comprometer a folha de pagamento devido ao limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o que aconteceria caso as contratações fossem feitas via concurso público. Outra justificativa é de que as OSs diminuem a desassistência de serviços essenciais para a população, já que as organizações contratadas são obrigadas a colocar o número de funcionários previsto em contratos e substituir imediatamente caso ocorra demissão. As organizações sociais atuam hoje no poder público em Campinas na gestão do Hospital Ouro Verde e na administração de naves-mãe. No entanto, o governo alega que os atuais contratos feitos na forma de convênio foram questionados e que precisam se adequar ao marco regulatório do terceiro setor. O novo modelo, segundo a Administração, deve ser o de chamamento público. O Executivo também quer uma lei mais ampla para abrir possibilidades a novas contratações para áreas que consideram deficitárias. Pelo projeto de lei apresentado pelo governo não haverá licitação para essas contratações e o chamamento público se dará em convocação pelo Diário Oficial do Município, para que todas as interessadas possam se apresentar. A proposta também define, por exemplo, quais serão os critérios de fiscalização do contrato e serviços com previsão, inclusive, de denúncias ao Ministério Público se houver “malversação de bens ou recursos de origem pública”, que deverão ser feitas por quem fiscalizará os contratos.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por