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Projeto público-privado socorre morador de rua

A ação, conta com a parceria da Acic e da Igreja Metodista, permite que moradores de rua sejam resgatados por meio de um atendimento diferenciado

Henrique Hein
henrique.hein@rac.com.br
15/05/2018 às 09:20.
Atualizado em 28/04/2022 às 08:47

Moradores de rua descansam ao lado da Catedral Metropolitana, formando um cinturão humano dia e noite (Matheus Pereira/Especial para a AAN)

A Prefeitura de Campinas apresentou na tarde de ontem o Plano Intersetorial de Atenção à População em Situação de Rua. A ação, que conta com a parceria da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) e da Igreja Metodista, permitirá com que moradores de rua sejam resgatados por meio de um atendimento diferenciado, que inclui o oferecimento de refeições e higienização. O objetivo principal da iniciativa é buscar alternativas para reinserção dessas pessoas no mercado de trabalho e na sociedade.  De acordo com o prefeito Jonas Donizette (PSB), a Igreja Metodista, que fica no cruzamento das Ruas José Paulino e Ferreira Penteado, cedeu esse espaço para a construção do refeitório com capacidade para até 100 pessoas. Ele informou que o local deverá ficar pronto dentro de dois meses e que as equipes do SOS Rua e do Consultório na Rua orientarão os moradores para que participem da ação. “Em parceria com a Igreja Metodista, vamos implantar um Espaço de Apoio onde essas pessoas poderão fazer as refeições, usar o banheiro para o asseio pessoal. Também vamos fazer contato com as instituições que fornecem alimentação nas ruas e pedir que passem a entregar a comida neste novo local, que será mais adequado” , informou o prefeito. O novo espaço deverá beneficiar, sobretudo, quem vive e dorme nos calçadões das ruas 13 de Maio e Ferreira Penteado. Para adaptar o local e manter os serviços em ordem, a Acic arcará com um investimento de cerca de R$ 20 mil por mês. Segundo a Prefeitura, o plano de reinserção dessas pessoas, também tem como foco reduzir os problemas no entorno da Catedral — um dos pontos da cidade com uma grande concentração de moradores de rua. De acordo com Jonas, a Guarda Municipal será parte integrante da ação, na medida em que usará parte do seu contingente no trabalho de orientação para que as pessoas em situação de rua não fiquem nos semáforos. Além disso, o prefeito informou ainda que a Secretaria de Serviços Públicos da Prefeitura ficará incumbida de intensificar o trabalho de cata-treco na região central, além da realização da lavagem diária do entorno da Catedral Metropolitana Já a secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, Eliane Jocelaine Pereira, reforçou o discurso de Jonas. Ela afirmou que o fluxo de ações das políticas públicas voltadas para a população de rua continuará sendo intensificada a médio e longo prazo. “Teremos uma ampliação das políticas públicas no âmbito da Assistência Social, com incremento de serviços, e na área de Saúde, por meio do aumento do atendimento no âmbito dos CAPs (Centro de Atenção Psicossocial)” , disse a secretária. O planejamento de toda ação prevê também a ampliação dos serviços de acolhimento já existentes no município, além da ampliação das abordagens nas ruas e da organização de ações solidárias. Atualmente, a cidade de Campinas possui cerca de 640 moradores de rua, dos quais 85% são homens e 15% são mulheres, segundo dados oficiais da Prefeitura.

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