A iniciativa leva jiu-jitsu a cerca de 50 crianças e adolescentes do Jardim Monte Cristo
O reconhecimento trouxe apoio, crescimento e novos sonhos. Tudo graças à grande repercussão da reportagem publicada no Correio Popular, dia 21 de abril de 2019, sobre o projeto social que leva jiu-jitsu a cerca de 50 crianças e adolescentes do Jardim Monte Cristo, em Campinas, sem cobrar nada dos alunos. Idealizador da iniciativa “Lutar para Vencer”, Manoel Vicente Júnior, de 51 anos, destaca os resultados positivos para o projeto após a publicação da reportagem. "A reportagem foi essencial para o crescimento do nosso projeto. Antes não tínhamos nenhum apoio e reconhecimento das pessoas. Depois que elas conheceram o projeto, até hoje somos ajudados. Logo após ser feita a reportagem, recebemos, por exemplo, a doação de quimonos, que era algo estávamos precisando muito, que muitas crianças não tinham", agradece o professor, que trabalha na equipe de segurança do estádio Brinco de Ouro, do Guarani. Sem poder competir por falta de recursos, os alunos começaram a receber doações que permitiram a participação nas primeiras competições — o que foi a realização de um sonho para os atletas. "Começamos a competir, recebemos doações de inscrições, doaram van para o transporte dos alunos e até dinheiro para comprar lanche durante todo o final de semana para as crianças. Coisas que nunca tivemos antes. No fim de ano conseguimos fazer uma festa para as crianças e outros projetos apareceram para nos apoiar com presentes", comemora o sensei. Também conhecido como Mestre Buda, o professor afirma que existe um planejamento a longo prazo para expandir o projeto e poder ajudar até 300 crianças e adolescentes da comunidade, expandindo as atividades oferecidas à comunidade do Monte Cristo. "Isso tudo depende de mais voluntários, mais ajuda, melhora nas instalações, mas a ideia é trabalhar com aulas todos os dias. Com a reforma de nossas instalações, vamos ficar com um outro espaço que pode ser utilizado para oferecer atividades para projetos como escola de artesanato, de informática, aulas de inglês e também reforço escolar. Tudo isso são metas que não são fáceis, mas é algo que a gente almeja e vamos conseguir com a colaboração de todos", afirma.