Pacientes da região dos DICs serão monitorados por agentes duas vezes ao dia
A oximetria é importante indicador em casos de coronavírus (Leandro Ferreira/AAN)
Teve início ontem o projeto piloto para medir o nível de oxigênio no sangue de cerca de 2,3 mil pessoas com mais de 60 anos. Uma saturação abaixo de 95% é indicador de que a pessoa possa estar com coronavírus, mesmo sem dificuldade de respirar. A medição do nível de oxigênio será feita na casa das pessoas com mais de 60 anos, duas vezes por dia, na área dos Centros de Saúde dos DICs 3 e 6 e está sendo aplicada em parceria com o Instituto Estáter, que reúne especialistas de todo o País e lideranças comunitárias. O monitoramento será realizado por agentes comunitários de Saúde, que vão conferir diariamente, de manhã e à tarde, a saturação dos pacientes. Isso será feito do 5º ao 10º dia de sintomas. Ontem, 16 pacientes dos dois centros de saúde já começaram a receber as visitas. Se a taxa de oxigênio estiver abaixo de 95%, o que é um sinal de alerta, os pacientes serão orientados a ir até o centro de saúde para avaliação médica. A oximetria é um dos instrumentos para diagnosticar hipóxia, que é a baixa oxigenação provocada pelo coronavírus. O engenheiro e sócio-fundador da Estáter, Percio de Souza, destacou que o projeto integra a campanha Alert (Ar) de abrangência nacional. "Faremos o trabalho em Campinas, uma plataforma interessante para servir de exemplo para todos os municípios do Brasil em razão da organização do sistema de saúde e engajamento", disse. Segundo Souza, o objetivo é reduzir a mortalidade. "Vamos acompanhar de forma pró-ativa a oximetria da população acima de 60 anos, que é a mais impactada e que tem mais dificuldade de ir para os hospitais. O projeto pretende, com isso, reduzir a mortalidade e diminuir a sobrecarga das UTIs", afirmou.