Ação contará com a colaboração de clínicas especializadas
O prefeito Jonas Donizette durante a entrega de novas ambulâncias para o Samu: reforço no atendimento (Dominique Torquato/AAN)
A Prefeitura de Campinas lançou quinta-feira, no Paço Municipal, o programa Fila de Atendimento Zerada (FAZ) de Saúde. A ação, que integra parte do programa Campinas em Movimento — 50 dias de entregas, promete zerar as filas de espera dos exames e dos tratamentos de radioterapia do município. De acordo com a proposta, a ação contará com a colaboração de clínicas especializadas, por meio de um processo de cadastramento das empresas junto ao governo municipal. O serviço oferecerá consultas, simulações, tratamentos, exames e diagnóstico para os pacientes do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti. De acordo com o prefeito Jonas Donizette (PSB), o programa será todo coordenado pela Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar, que hoje conta com 300 pessoas de Campinas e região na fila de espera pelo tratamento contra o câncer. “Com o FAZ, nós vamos cadastrar clínicas particulares que fazem o serviço de radioterapia e vamos fazer um cadastramento das pessoas. As consultas serão em até sete dias e o início do tratamento será realizado em até dez dias. Esperamos, com isso, zerar as filas”, explica o prefeito. De acordo com a Administração, Campinas não possui mais filas para as consultas de mamografia, que é o exame de prevenção do câncer de mama, graças ao Hospital de Amor, inaugurado ano passado. Segundo Jonas, a expectativa é que o FAZ ainda seja ampliado, com o tempo, para outros procedimentos médicos, como as cirurgias eletivas. “Nós não vamos trabalhar com horários de madrugada e coisas desse tipo, porque achamos que isso é algo muito paliativo. A gente quer fazer algo duradouro. Essas pessoas cadastradas por nós receberão o atendimento de acordo com a necessidade delas e dentro do horário comercial, como se tivessem um plano de saúde caro. Ou seja, o mesmo atendimento que rico têm, as pessoas do SUS (Sistema Único de Saúde) também terão. Essa, inclusive, será uma exigência nossa para as clínicas que se cadastrarem”, ressalta o prefeito. Atualmente, o Hospital Mário Gatti realiza cerca de 400 sessões de radioterapia por mês e a fila não funciona por ordem de chegada, mas sim por classificação de quadro clínico. Os casos mais graves têm prioridade de atendimento. Mais ambulâncias No mesmo evento, o prefeito de Campinas também aproveitou e entregou cinco novas ambulâncias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) — anteriormente, outros dez veículos médicos também tinham sido entregues. Eles são locados e a iniciativa faz parte de um novo modelo de gestão do Hospital Mário Gatti. De acordo com Marcos Pimenta, presidente do complexo hospitalar, a empresa responsável pelas 15 ambulâncias é a Equilíbrio Serviços Médicos Especializados. Segundo ele, a cidade de Campinas demanda hoje da necessidade de 13 ambulâncias. “Agora nós temos 15 já rodando. Se houver a quebra de qualquer um desses veículos, a empresa que nós contratamos se vê obrigada a dar reposição imediata”, explica. Pimenta afirma ainda que a medida vai gerar uma economia de mais de R$ 1,2 milhão por ano aos cofres públicos, já que a locação custará R$ 1 milhão por seis meses. Apenas para a manutenção das ambulâncias, sem contar a aquisição dos veículos, a Prefeitura gastou, em 2017, R$ 3,2 milhões. “Esse é um processo de inovação que nós conseguimos resolver de maneira ágil. Campinas tinha um problema crônico com relação à manutenção dessas ambulâncias. Cada vez que acontecia a quebra de um dos veículos, nós demandávamos de um período para conseguir consertar. A gente sabe que uma operação de urgência e emergência não pode esperar e, por esse motivo, nós nos vimos obrigados a tomar uma atitude”, afirma o presidente.