LANÇAMENTO

Programa da Abras capacitará jovens do serviço militar

Objetivo é oferecer oportunidades de treinamento para atuação em supermercados

Edimarcio A. Monteiro/ [email protected]
21/09/2022 às 15:20.
Atualizado em 27/09/2022 às 09:05
Programa de treinamento de jovens que prestam serviço militar foi lançado no encerramento da Convenção da Associação Brasileira de Supermercados (Gustavo Tilio)

Programa de treinamento de jovens que prestam serviço militar foi lançado no encerramento da Convenção da Associação Brasileira de Supermercados (Gustavo Tilio)

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) anunciou na terça-feira (20), em Campinas, uma parceria com o Ministério da Defesa para oferecer treinamento aos jovens que prestam serviço militar para a formação de mão de obra qualificada para o setor. O objetivo é que os interessados em participar conheçam todo o plano de carreira, salários e sejam preparados para trabalhar em supermercados ao terminarem o período de um ano de atuação no Exército, Marinha ou Aeronáutica. O lançamento do programa de treinamento foi feito no encerramento da Convenção Nacional da Abras.

De acordo com dados do governo federal, 77.491 jovens prestaram o serviço militar em todo o País no ano passado. Esse contingente representa 5,49% dos 1,41 milhão de pessoas que completaram 18 anos em 2020 e fizeram o alistamento militar obrigatório. Segundo o presidente da Abras, João Galassi, o programa visa criar oportunidades de emprego para essa parcela da sociedade e gerar mão de obra qualificada para os supermercados, que hoje têm carência em encontrar pessoal preparado para atuar no início de carreira.

O setor supermercadista é o maior gerador de primeiro emprego no País, criando em torno de 3 milhões de empregos diretos e indiretos. De acordo com o Mapa dos Empregos no Setor de Supermercados, o segmento foi o que mais criou novos postos de trabalho durante a pandemia de covid-19, totalizando 165.120 vagas. Segundo o estudo realizado pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), em conjunto com a consultoria Future Tank, foram 57.214 novas vagas em 2020, e 98.906 em 2021.

Formato

No Rio de Janeiro, o setor supermercadista foi responsável por dois de cada cinco empregos abertos no Estado no biênio. Foram 11.120 novos postos de trabalho, o que equivale a 41% do total de vagas geradas no Estado.

O setor supermercadista também foi o que mais gerou empregos em sete outros Estados brasileiros durante a pandemia: Piauí (21%), Rondônia (13%), Maranhão (12%), Amazonas (11%), Pará (11%), Pernambuco (8%) e Ceará (7%).

Galassi disse que a parceria com o Ministério da Defesa já foi acertada, faltando agora definir o formato do programa de treinamento, como duração, locais e para quais profissões. O curso profissionalizante deverá ser oferecido em todo o País. Já a oferta de vagas será feita pelos supermercados das regiões onde os quartéis militares estão instalados.

De acordo com o presidente da entidade, o novo programa é uma extensão de outros que o setor já oferece em parceria com várias entidades. No Brasil, há 92 mil supermercados, que atendem cerca de 28 milhões de clientes por dia. O setor fatura anualmente R$ 611 bilhões, o equivalente a 7,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Comércio

O comércio ocupa a terceira posição entre os setores que mais geraram empregos na Região Metropolitana de Campinas (RMC) em julho, com 1.742 vagas, segundo o relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), elaborado pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. A liderança ficou com o setor de serviços (2.342 postos), com a indústria na segunda colocação (1.750). A agropecuária fechou o ranking, com 89 postos. No acumulado do ano, a região totaliza 30.819 novos empregos.

Pelo segundo mês consecutivo, a RMC se destacou na criação de empregos no Estado de São Paulo, com participação de 10,3% do total de 67.009 vagas de julho. Nos sete meses do ano, 8,8% dos empregos gerados no Estado foram na região.

A economista Eliane Navarro Rosandiski, do Observatório da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, aponta dois fatores que podem contribuir para a geração de novas vagas também em agosto. O primeiro é o pagamento dos benefícios sociais pelo governo federal, que começou a ser liberado no mês passado e injetará R$ 41 bilhões na economia. O outro é que as indústrias começaram a receber os pedidos do comércio para as vendas de final do ano.

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