manifestação

Profissionais da beleza pedem abertura de salões

Um grupo formado por pouco mais de trinta pessoas, realizou no começo da tarde de ontem, uma manifestação no Largo do Rosário, em Campinas

Henrique Hein
17/06/2020 às 08:04.
Atualizado em 28/03/2022 às 22:59
Entidade representativa do setor reclama que atividade nem ainda está prevista nas fases de flexibilização (Leandro Ferreira/AAN)

Entidade representativa do setor reclama que atividade nem ainda está prevista nas fases de flexibilização (Leandro Ferreira/AAN)

Um grupo formado por pouco mais de trinta pessoas, realizou no começo da tarde de ontem, uma manifestação no Largo do Rosário, em Campinas. Com máscaras, os protestantes exigiram a liberação dos serviços de beleza na cidade. O ato foi organizado pelo Beleza Sindical, uma das entidades que representam a categoria no município. Presente no evento, a presidente da instituição, Márcia Cia, disse que considera um absurdo o fato de diversos setores da economia já terem sido autorizados para funcionar, mas o da beleza ainda não. “Organizamos esse movimento como forma de protesto contra o Governo do Estado, que não reconhece o setor de serviços de beleza como sendo essencial”, explicou. “Todos os salões e profissionais de beleza da cidade foram convidados para participar do protesto. Nós sabemos que estamos num momento de pandemia, mas a necessidade do setor gritar por justiça para poder estar aberto, junto com os demais setores da economia, falou mais alto”, frisou ela.  Vale lembrar, que tanto no plano estadual, como no municipal, os salões de belezas e outros serviços não relacionados, como as academias, por exemplo, ainda não têm previsão para voltar a abrir as portas. Na Câmara Municipal de Campinas já há um projeto de lei, de autoria do vereador Antonio Flores, pedindo o retorno urgente do setor. O texto está, atualmente, na Coordenadoria de Apoio às Comissões. Segundo Márcia, o Estado estaria ferindo o que prevê uma medida assinada pela União. “O presidente (Jair Bolsonaro) emitiu um decreto presidencial no dia 11 de maio, que estabelece que a beleza como essencial. No entanto, o Governo do Estado não reconheceu esse decreto e colocou o setor de beleza para trás dos demais. Entendemos isso como sendo algo injusto, porque não há base científica que justifique isso”, afirmou a presidente do sindicato. Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que segue os protocolos, municipais e estaduais, de vigilância sanitária que recomendam que ainda não é momento de retomada de funcionamento de salões de beleza. “A situação está sendo analisada, continuamente, pela equipe municipal do Comitê Covid-19 e pelo governo do Estado, quando são definidas as fases de flexibilização. Atualmente, de acordo com o Plano São Paulo, do governo do Estado, Campinas está na fase Laranja e uma nova avaliação será feita esta semana, com as definições de que tipos de estabelecimento poderão permanecer abertos”, destacou o documento. Estado Em nota, o Governo do Estado de São Paulo também se manifestou e destacou que respeita o direito à livre manifestação, mas que as decisões de enfrentamento ao coronavírus em todo o estado são sempre definidas por critérios técnicos baseados na ciência e na medicina. “Ainda em abril, o Supremo Tribunal Federal decidiu que Estados e municípios têm autonomia para definir medidas de isolamento social e restrições de serviços públicos e atividades essenciais durante a pandemia”, reforça o texto.

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