GREVE

Professores fazem protesto em frente à Câmara

Cerca de 100 docentes de Ribeirão Preto fizeram manifestação pacífica por melhores salários

Guto Silveira
25/04/2013 às 22:58.
Atualizado em 25/04/2022 às 18:43
Os professores se reuniram no estacionamento da Câmara e seguiram em passeata (Sérgio Masson/AAN)

Os professores se reuniram no estacionamento da Câmara e seguiram em passeata (Sérgio Masson/AAN)

Cerca de 100 professores da rede estadual de ensino participaram no início da noite desta quinta-feira (25) de uma assembleia no estacionamento da Câmara Municipal de Ribeirão Preto. Alunos também participaram em apoio. Depois o grupo seguiu em passeata até o centro da cidade. A paralisação, iniciada na segunda-feira, reivindica melhores salários e condições de trabalho.

Durante o ato, os professores foram convidados a seguir para São Paulo nesta sexta-feira (26), onde acontece uma assembleia estadual, no vão do MASP, na Avenida Paulista. Segundo Mauro Inácio, diretor regional da Apeoesp, estava prevista a ida de três ônibus para a Capital.

Mauro Inácio disse que os professores reivindicam 36,74% de reajuste e mais 13,1% de recomposição da inflação, mas que o governo oferece apenas 2,1%, já que a oferta de 8,1% inclui 6% de recomposição parcelada de perdas anteriores. “O reajuste equivale a R$ 0,20 por aula”, afirmou. De acordo com ele, ocorreu reunião de negociação nesta quinta-feira, mas não houve avanço.

Além das propostas econômicas, os professores reivindicam o cumprimento da Lei do Piso, que prevê a utilização de um terço da jornada de trabalho fora da sala de aula, para a preparação do ensino e correção de provas.

“A lei é de 2009, mas até agora o governo estadual não a cumpriu”, afirmou Mauro, que também estimou a paralisação em Ribeirão em cerca de 40%, mas que deve aumentar em função da falta de propostas.

Último recurso

O professor José Wilson, diretor da Apeoesp usou a tribuna da Câmara para explicar aos vereadores que mais uma vez os professores tiveram que lançar mão do último recurso de negociação, que é a greve. “Fazemos a greve não porque queremos, porque é difícil realizar uma paralisação, mas pela intransigência do governo. O secretário chamou para negociar, mas não teve o que apresentar”, disse.

Para o professor, o governo “joga com os números” para aparentar que está dando reajuste, mas que não é bem assim. Ele falou do parcelamento das perdas, de uma gratificação que “virou farelo” e que hoje o governo precisaria dar aumento de 20% nos salários para recompor o poder de compra de 2008.

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