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Professora relata ameaça por post contra Bolsonaro

O post, nas redes sociais, gerou uma onda de manifestações indignadas. Pessoas consideraram absolutamente imprópria a declaração

Da Agência Anhanguera
12/09/2018 às 07:55.
Atualizado em 22/04/2022 às 05:02
  (Flavio Bolsonaro/6set2018/Twitter)

(Flavio Bolsonaro/6set2018/Twitter)

Uma postagem irônica, comentando a facada sofrida na última quinta-feira pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), transformou em um inferno a vida da professora Taísa Helena Palhares, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Quando ficou sabendo do crime, a educadora — que leciona filosofia — afirmou ser “totalmente contra a violência, mas faltou acabar o serviço”, dando a entender que torcia pela morte do candidato. O post, nas redes sociais, gerou uma onda de manifestações indignadas. Pessoas consideraram absolutamente imprópria a declaração que, partindo de uma professora universitária, incitava a violência. Ela própria já se retratou, afirmando ter sido infeliz ao usar o tom irônico. E afirma, inclusive, que vem sofrendo ameaças de morte depois da postagem. Em em nota oficial, a reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) informou que “repudia discursos de intolerância e ódio sob quaisquer circunstâncias e lamenta opiniões que incitem a violência e a polarização, que fogem ao debate plural de ideias”. Nesse contexto, informa a nota, embora a liberdade individual de expressão deva ser respeitada, o caso será devidamente averiguado e as “providências cabíveis” serão tomadas. Procurada pela reportagem, a reitoria não detalhou quais podem ser as providências. E a própria educadora preferiu não se prolongar nos comentários. Apenas afirmou que vai tratar do caso na Justiça. O crime O presidenciável foi agredido com uma facada na barriga, quando participava de um ato político da própria campanha, na região central de Juiz de Mora (MG), na tarde de quinta-feira. O agressor, preso na hora, foi identificado como Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, cidadão que já estudou sociologia e, durante sete anos, foi filado ao PSOL. A direção do partido admitiu que o acusado integrou suas fileiras no passado, mas rejeitou com veemência o atentado. Os próprios policiais que atenderam a ocorrência afirmaram que Bispo aparentava desequilíbrio mental, dizendo que cumpria “ordem divina” ao cometer o atentado. Mas o suposto desequilíbrio pode ser uma farsa: as investigações apontam que o agressor estava hospedado na área há dias, planejando o crime. O candidato sofreu perfurações no intestino e foi submetido a procedimentos cirúrgicos. Ele ainda está internado, se recupera, e não corre risco de morte. Presidenciável se livra de denúncia Por 3 votos a 2, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem rejeitar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o candidato Jair Bolsonaro por crime de racismo. O julgamento foi concluído à tarde, com o voto decisivo do presidente do colegiado, ministro Alexandre de Moraes, que desempatou o placar e definiu o resultado pela rejeição. O julgamento começou no dia 28 de agosto, antes do atentado em Juiz de Fora contra o candidato, mas foi interrompido na época por um pedido de vista (mais tempo para análise) de Moraes. Enquanto isso, Bolsonaro teve alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e passou agora para uma unidade de cuidado semi-intensivo, informou, ontem, o Hospital Albert Einstein, em nota. “Foi iniciada uma dieta leve, com boa tolerância do paciente, sem apresentar náuseas ou vômitos”, informou o hospital.

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