ESCOLAS

Professor começa hoje greve na rede estadual

Decisão foi tomada em assembleia na sexta-feira em São Paulo; professores reivindicam reposição salarial de 36,74%

Da Agência Anhanguera de Notícias
igpaulista@rac.com.br
22/04/2013 às 08:03.
Atualizado em 25/04/2022 às 19:19

Professores da rede estadual de ensino em Campinas iniciam greve, decidida em assembleia na sexta-feira, e vão às escolas hoje apenas para explicar à comunidade os motivos da paralisação. A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). De acordo com o diretor de Comunicação da entidade, José Roberto Guido, a reunião teve presença maciça de docentes campineiros, que devem aderir ao movimento.

Os professores reivindicam reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste referente a 2012, o cumprimento da jornada extraclasse, o fim da remoção e da designação de professores das escolas de tempo integral, concursos públicos para oportunidade de efetivação e a não privatização do Hospital do Servidor, entre outros itens.

“São Paulo tem 48 mil professores temporários contratados. Pelo contrato, eles trabalham um ano e depois têm que ficar 200 dias fora da rede, como se a rede de ensino suportasse a ausência desses profissionais. Na segunda, os professores vão conversar com pais e alunos a respeito da greve e na terça estarão fora das escolas”, disse Guido.

A rede estadual de ensino tem 200 mil professores. Em Campinas, são 751 escolas de Ensino Infantil, Fundamental, Médio e de Educação para Jovens e Adultos (EJA), mas ontem não havia a informação de quantas irão aderir à greve.

A Secretaria de Educação do Município não soube informar o número de estudantes campineiros que frequentam a rede estadual.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que poucas escolas estaduais pararam na sexta-feira, quando a greve foi anunciada, e não concorda com as reivindicações da Apeoesp. De acordo com o órgão, o governo cumpre integralmente a Lei do Piso do Magistério, com um salário inicial dos professores de educação básica 2, com jornada de 40 horas semanais, de R$ 2.088,27. Ainda segundo a secretaria, o “Estado obedece também o limite máximo de dois terços da carga horária total estabelecido pela Lei do Piso para a jornada de trabalho docente em classe”.

Reajuste

Na semana passada, o governo anunciou um reajuste de 8% para docentes e servidores da educação. A decisão tenta compensar a perda pela inflação, que, no passado, foi de 5,84% (IPCA). Representantes sindicais criticaram. Com os 8%, o piso salarial de início de carreira, de 40 horas, passará a R$ 2.257,84. O valor de 2013, que vale a partir de 1º de julho, representa aumento de R$ 44,28 em relação ao previsto anteriormente para o ano. Em 2014, com os 7% de reajuste previsto, o valor será de R$ 2.415,89. A Apeoesp entende que o reajuste não representa ganho real.

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