CRIME ORGANIZADO

Procurado pela Justiça tenta subornar policiais

urante a abordagem policial, o autônomo ofereceu R$ 3 mil para ser liberado

Alenita Ramirez
17/04/2013 às 20:17.
Atualizado em 25/04/2022 às 19:53

Policiais militares de Campinas prenderam na noite de terça-feira (16), na Vila União, o autônomo Bruno Gomes Saraiva, acusado de fazer parte de uma facção criminosa que age no Estado.

Segundo a polícia, Saraiva era procurado da Justiça e teria ligações com criminosos identificados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que prendeu 27 pessoas em outubro do ano passado por roubo de veículos e cargas e tráfico de drogas.

urante a abordagem, o autônomo ofereceu R$ 3 mil para ser liberado. A mulher dele, a recepcionista Patrícia Fernanda Machado, 23 anos, também foi presa por co-autoria de corrupção ativa.

O flagrante ocorreu na Rua Dona Joana Zanaga Aboim Gomes, durante patrulhamento. Os policiais viram um Corola parado na via e estranharam o nervosismo do Saraiva. Na abordagem, ele se apresentou com nome falso e depois não soube informar os dados dos documentos.

Segundo os policiais, ele confessou que seu nome era outro e que queria combinar dia e horário para furtar carros em Campinas. Saraiva teria um desmanche de carros em Hortolândia. Na tentativa de escapar do flagrante, ele ofereceu R$ 3 mil aos policiais. Para flagar o suborno, os policiais simularam aceitar a proposta e a mulher dele foi até o local, com uma sacola com o dinheiro.

Os policiais seguiram até a casa do casal, onde encontraram um caderno com a contabilidade do crime. As anotações constavam ainda dados de carros que seriam furtados na cidade e nomes de várias pessoas, supostamente criminosos ligados à captação dos veículos.

Em outubro de 2012, o Gaeco, com a ajuda da polícia, desmantelou um esquema criminoso. Na época, foram presos dois líderes locais, além de outros 25 membros da organização. Eles atuavam dentro e fora dos presídios de São Paulo envolvidos com tráfico de drogas e roubos de cargas e veículos. As investigações duraram dez meses e conseguiu identificar a estrutura de toda a ação. As ordens eram feitas de um comando geral para três regiões que envolviam a Capital, a Baixada Santista e o Interior.

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