Procura por vacinação em Campinas cresce em 2018

Campinas registrou uma verdadeira “corrida” pela vacina da febre amarela no início deste ano. Segundo último balanço da Prefeitura, mais de 46 mil campineiros já foram vacinados contra a doença em 2018. Somente entre os dias 3 e 23 de janeiro, 44.644 doses foram aplicadas nas unidades da rede pública. Entre os dias 17 e 23 de janeiro, 33.599 campineiros foram às ruas em busca do medicamento: um número 15 vezes maior em relação à primeira semana do ano, de 3 a 9 de janeiro, quando 2.128 pessoas foram medicadas. Entre os dias 9 e 16 de janeiro, o número de vacinas utilizadas foi 11.045. Segundo o secretário municipal de Saúde, Carmino Antonio de Souza, a situação está controlada, apesar da procura da população. “Até agora nós não temos nenhum indício de que teremos problemas a curto prazo. Entretanto, o que eu posso dizer é que houve um grande aumento no número de vacinas.” Segundo Carmino, Campinas ainda conta com um número confortável de vacina em estoque, aproximadamente 90 mil doses plenas. Ele ressalta que o município não está inserido nas cidades que farão vacinas fracionadas. “Isso é uma tática de bloqueio, utiliza em locais aonde a epidemia está chegando. Em Campinas, ela (epidemia) já passou por aqui de maneira até avassaladora e foi embora”, afirmou o secretário. A vacina contra a febre amarela continua sendo disponibilizada de forma gratuita em todos os postos de saúde do município. Quem for tomar a dose, só precisa ir a uma unidade de saúde portando um comprovante de residência. Macacos Na manhã da última segunda-feira, dois macacos foram encontrados mortos no Jardim Proença, em Campinas. O fato assustou parte da população, que relacionou a morte dos animais aos casos da febre amarela. A Secretaria de Saúde informou que os animais foram recolhidos para análise e serão encaminhados para verificar a causa da morte. Para Carmino, apesar do susto, a população não deve se desesperar. Segundo ele, as mortes podem ter ocorrido por diversos fatores. “A gente não deve projetar que esses macacos tenham morrido de febre amarela, porque seria até um equívoco.” Em 2017 foram confirmadas 16 mortes de macacos infectados pelo vírus. Todos foram registrados no distrito de Sousas, onde uma pessoa também foi contaminada.