comemorações

Procon ajuda a fazer a melhor festa

E a melhor festa, como todo mundo sabe, é sempre a mais barata. Mas para isso, é preciso pesquisar

Rafaela Dias
16/06/2018 às 19:26.
Atualizado em 28/04/2022 às 13:01
Nada de ir comprando logo de cara: é melhor conferir a pesquisa do Procon antes - e também fazer a sua (Leandro Ferreira/AAN)

Nada de ir comprando logo de cara: é melhor conferir a pesquisa do Procon antes - e também fazer a sua (Leandro Ferreira/AAN)

Dos ingredientes mais procurados para compor o cardápio das tradicionais festas juninas, a pesquisa do Procon de Campinas divulgada ontem revela que a maçã fugi lidera a variação de preços nos estabelecimentos da cidade, com preço até 152,66% maior de um estabelecimento para outro. Além dela, outros produtos que compõem a cesta de iguarias da época também apresentam variações significativas de preços. O milho verde, por exemplo, chega a 134,23%, e o pinhão, a 111,50%. Para compor a pesquisa, o Procon coletou os dados em oito estabelecimentos em diferentes regiões da cidade entre os dias 5 e 11 de junho. Foram pesquisados os preços de 85 produtos, como entre milho para pipoca, pó para Maria Mole, polvilho, sagu, batata palha, vinho tinto, canela, salsicha, cachaça e outros. A pesquisa apontou também, o percentual de abastecimento de cada estabelecimento pesquisado. “O levantamento mostrou variações muito grandes, mostrando a necessidade de se fazer pesquisa de preços, marcas e procedência”, disse a diretora do Departamento de Defesa do Consumidor, Yara Pupo. O Procon destacou que as variações e os preços constatados referem-se aos dias em que foi realizado o levantamento pela equipe de fiscalização, e que os valores atuais podem ser diferentes. “Também é possível que os preços praticados pelo mercado possam sofrer alterações com descontos e promoções, por exemplo”, disse a diretora. Mas para quem vende os produtos típicos já preparados, os preços cobrados no mercado são considerados muito altos. Taila Alessandra Ibrahim Saba, dona de um comércio que vende as tradicionais maçãs do amor, disse procura sempre adquirir as frutas no atacado. “Sempre compramos na Ceasa, senão é impossível ter algum lucro. Só numa emergência é que a gente compra em supermercados, mas aí o custo é mais de 100% maior. Não compensa”, disse ela. Segundo Taila, no varejo o quilo chega a custar R$ 6,00. Para uma empresa como a dela, a Donna Maçã, que vai vender 1.500 maçãs do amor em festas da cidade, é mesmo caro demais. “Como as encomendas são feitas com antecedência, conseguimos nos organizar. Mas comprar as frtuas de última hora é prejuízo na certa”, concluiu. Estimativas A projeção da Associação Paulista de Supermercados (Apas) mostra otimismo com relação às festas juninas - a aposta é que as vendas do período cresçam 3,5% em relação ao ano passado. "O cenário econômico um pouco melhor este ano deverá se refletir na venda dos produtos tradicionais da época. Além disso, as vendas de Páscoa, que tiveram um desempenho positivo, nos levaram a melhorar as expectativas para as demais datas comemorativas de meio de ano. E devemos ter também algum estímulo com a Copa do Mundo”, disse Thiago Berka, economista da entidade. De acordo com a Apas, dos 19 produtos considerados típicos das festas juninas pelo setor, 14 estão mais baratos do que no ano passado, com destaque para limão, balas, doce de leite e açúcar. A análise da Apas considera as categorias de produtos mais procurados no período, incluindo frutas, legumes e verduras (maçã, abóbora, batata doce, limão e outros), itens de mercearia (como pipoca e amendoim), massas e féculas (usados para fazer pães e bolos) e bebidas (vinho e ingredientes para quentão). “Quando analisamos os produtos típicos em relação às vendas gerais e comparamos com a média mensal anual, o resultado é de um aumento de 35% a 50% nas vendas em junho e julho”, afirmou Berka. Ainda segundo a Apas, somam-se a esse período dois fatores que impulsionam as vendas: o Inverno, em que ingredientes para caldos e sopas, além de queijos e vinhos, são mais procurados, e a Copa - que aumenta a procura por cervejas, ingredientes para churrasco e petiscos. “O período favorece as vendas porque acontecem mais encontros em casa com parentes e amigos. Segundo os dados que temos, 92% das pessoas assistem aos jogos em casa, favorecendo muito o varejo alimentar. E como esse segmento tem muita concorrência, está sempre oferendo ações de marketing e promoções para ganhar mais clientes”, concluiu.

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