INFRAESTRUTURA ESCOLAR

Primeira escola do Estado no modelo PPP terá mil alunos

Unidade deverá ser entregue em 2026; outras três estão previstas para 2027

Bruno Luporini/[email protected]
17/12/2024 às 11:30.
Atualizado em 17/12/2024 às 13:48
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), acompanhado por Renato Feder, secretário estadual de Educação (à direita), participa da solenidade de inauguração de uma nova unidade escolar em Indaiatuba (Alessandro Torres)

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), acompanhado por Renato Feder, secretário estadual de Educação (à direita), participa da solenidade de inauguração de uma nova unidade escolar em Indaiatuba (Alessandro Torres)

Uma das quatro escolas públicas integrais planejadas para Campinas, construídas em modelo de Parceria Público-Privada (PPP) pelo Governo do Estado de São Paulo, será inaugurada em 2026, juntamente com a unidade de Itatiba. Cada escola terá capacidade para atender cerca de mil alunos. O anúncio foi feito ontem por Renato Feder, secretário de Educação estadual, durante a inauguração da Escola Estadual Campo Bonito em Indaiatuba, evento que também contou com a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em junho, o governador autorizou a publicação dos editais para a construção de 33 escolas estaduais em modelo PPP, com aulas em período integral. A previsão inclui cinco unidades na RMC: quatro em Campinas e uma em Itatiba. No entanto, em entrevista coletiva após a inauguração em Indaiatuba, Renato Feder esclareceu que a construção de uma escola neste modelo começará em 2025, com entrega prevista para 2026. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria de Educação, o plano original não sofreu alterações. Foi confirmada a entrega de uma unidade em Campinas e outra em Itatiba para 2026, enquanto as outras três unidades em Campinas estão previstas para 2027.

Em resposta a perguntas sobre a terceirização no ensino público, o secretário enfatizou que essa prática não afetará a área pedagógica. Os serviços terceirizados serão contratados para áreas não pedagógicas, como alimentação, internet, manutenção predial e jardinagem. Assim, das 33 escolas que atenderão cerca de 35 mil alunos, todo o projeto pedagógico educacional será responsabilidade dos profissionais da educação. "Contamos totalmente com os professores, que estão trabalhando com muito foco na utilização do material do Estado", completou Feder.

Além das novas escolas, Tarcísio de Freitas destacou o programa Prontos pro Mundo, que promove intercâmbios em língua inglesa. Em 2024, 500 alunos da rede pública de ensino médio foram selecionados, sendo 77 da região de Campinas. Os estudantes passarão três meses em países de língua inglesa, como Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Reino Unido. A primeira viagem está prevista para janeiro de 2025. Segundo a assessoria de imprensa da Seduc-SP, as famílias já confirmaram a viagem e os passaportes foram emitidos em novembro. Durante os três meses, os jovens ficarão hospedados em casas de famílias locais e matriculados em escolas. Todos os custos serão cobertos pela secretaria.

Esta é a primeira vez que alunos da rede estadual paulista participam de um programa de intercâmbio internacional. Outros 500 alunos serão selecionados para um novo intercâmbio no segundo semestre de 2025. A seleção se baseia no desempenho dos mil melhores estudantes do curso de inglês financiado pelo Governo do Estado. Tarcísio de Freitas afirmou que as vagas para o curso serão ampliadas, oferecendo até 70 mil oportunidades para jovens do nono ano que poderão prestar a prova e serem selecionados. O governador destacou que a expectativa é que os jovens retornem com mais experiência e visão de mundo, além de dominar o inglês, uma ferramenta essencial para se destacar no mercado de trabalho.

CELULAR

A partir do ano que vem os celulares estão proibidos nas escolas, públicas e privadas, de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas sancionou o Projeto de Lei 293/2024, da deputada Marina Helou (Rede) e aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo. A nova lei substitui e amplia a lei de 2007, agora proibindo os tipos de dispositivos eletrônicos, com a vedação passando a valer também para tablets, relógios inteligentes e aparelhos similares.

Questionado sobre como será feito o processo de adaptação da comunidade escolar para a aplicação da nova lei, o secretário Renato Feder afirmou que tudo será feito a partir do diálogo. Por tanto, a orientação para as diretorias escolares é de que elas tenham autonomia para buscar a melhor estratégia para a conscientização dos alunos. "Existem muitas maneiras de lidar com essa situação, como guardar os aparelhos desligados nas mochilas, armários e escaninhos, depende da estratégia adotada por cada escola", explicou Feder. Com isso, ele também destacou que toda a comunidade deve se envolver no assunto, para que os alunos percebam os benefícios da não utilização dos aparelhos fora do contexto pedagógico. "Os jovens devem estudar mais e se houver desobediência, a escola pode ser mais rigorosa e convocar os pais do aluno para uma conversa", enfatizou o secretário.

INVESTIMENTOS

Durante o discurso de inauguração, o governador Tarcísio de Freitas destacou importantes metas para a Secretaria de Educação em 2025. Ele anunciou: "No ano que vem, teremos o maior orçamento da história da Secretaria de Educação". O valor previsto para a pasta é de R$ 32 bilhões, representando um aumento de 3% em relação a 2024. Com esse orçamento, uma das principais metas é equipar pelo menos 50% das escolas estaduais com ar-condicionado. "No início de nossa gestão, apenas 8% das escolas contavam com esse recurso", ressaltou o governador.

Além disso, o governador mencionou que, neste ano, o Fundo para o Desenvolvimento da Educação (FDE) estadual entregou 2.401 obras de melhorias, com a expectativa de intensificar as reformas para aumentar o número de vagas disponíveis na rede de ensino. Nesse contexto, Tarcísio de Freitas enfatizou a importância do Provão Paulista, que facilita o acesso dos alunos da rede pública às principais universidades do estado. Ao todo, são oferecidas 15 mil vagas em instituições como Unicamp, USP, Unesp e Fatecs.

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