Presos vão confeccionar 320 mil máscaras

Reeducandos de duas unidades prisionais do estado vão confeccionar 320 mil máscaras para proteção contra o novo coronavírus. A produção começou nesta quarta-feira (25) e o anúncio foi feito pelo governador João Doria anteontem. A previsão é que sejam produzidas 26 mil peças por dia nas fábricas adaptadas especialmente para a produção das máscaras. Cerca de 200 reeducandos de várias regiões do Estado, de penitenciárias masculinas e femininas, que vão confeccionar as máscaras de proteção descartáveis para uso em procedimento simples (não-cirúrgicos). De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) ainda não há previsão para que unidades de Campinas e Hortolândia integram a produção, mas há estudos da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap), vinculada à Secretaria da Administração Penitenciária, de expandir para outros presídios. "Serão produzidas 26 mil peças por dia, seguindo os critérios sanitários e de confecção para a produção destas máscaras, que terão um custo para o Governo de São Paulo de R$ 0,80 por peça ", disse Doria. Segundo a Funap, a confecção começou nas oficinas das Penitenciárias Femininas I e II de Tremembé. Só nessas fábricas, a produção diária será de 18 mil peças, com 121 máquinas trabalhando. Também nesta semana, a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista e a Penitenciária Masculina de Andradina começam a fabricar as máscaras. Em Tupi Paulista, a produção será de 5,4 mil peças por dia, com 36 máquinas; em Andradina, 2,6 mil peças por dia, com 19 máquinas operando. A expectativa é de que na próxima semana, será alcançada a capacidade total de produção, de 26 mil peças por dia. De acordo com a SAP, as fábricas tiveram seu parque fabril adaptado para a confecção das máscaras. As oficinas foram higienizadas e foi criado um protocolo de entrada para garantir a higiene das peças, feitas em TNT duplo. As máscaras serão vendidas a preço de custo.