Vítor Rodrigues, de 19 anos, foi autor dos dois tiros contra Francisco Bettoni, em dezembro de 2012
A Polícia Civil de Campinas apresentou ontem um dos três autores do latrocínio do estudante Francisco Ishy Bettoni, de 21 anos, morto em dezembro do ano passado no Jardim Itatinga. Ele era de Mogi Mirim e estava na cidade para prestar vestibular. O estudante entrou no bairro, famoso pela prostituição, e acabou rendido pelos bandidos que queriam seu carro — um Palio Weekend. Segundo a polícia, Vítor Oliveira Rodrigues, de 19 anos, foi o autor dos dois disparos que mataram o estudante. Além dele, outros dois acusados do crime, Wellington Henrique Silva, de 23 anos, e Lucas do Nascimento Paixão, de 19, já estão presos pela participação. Eles foram indiciados por latrocínio.Os três também são suspeitos de pertencer a uma quadrilha de roubo de veículos que agia naquela região. De acordo com depoimentos à polícia, eles roubavam veículos para entregar em São Paulo e, dependendo do modelo, chegavam a ganhar R$ 1,5 mil por carro entregue. A polícia acredita que o trio fez outras vítimas na região e pede para que as possíveis vítimas denunciem. O casoO assassinato de Bettoni aconteceu em dezembro de 2012. Segundo a polícia, o latrocínio ocorreu por volta das 3h. Os três acusados estavam no local e quando viram a vítima no veículo a abordaram. Silva e Rodrigues entraram no veículo do estudante, enquanto Paixão deu cobertura dentro de um C3. O estudante foi colocado no banco do passageiro e Silva assumiu a direção. Rodrigues ficou no banco detrás com a arma (revólver calibre 38). Inconformado com o roubo, o estudante tentou tirar as chaves do contato e entrou em luta corporal com Silva. Rodrigues acabou atirando na vítima, que morreu no local. Eles fugiram sem levar nada.“Para a Polícia Civil não há dúvidas de que estamos diante de um latrocínio. O Wellington confessou com riqueza de detalhes a participação de todos e o Vítor estava no banco detrás, de onde partiu o disparo que pegou o pulmão e o coração da vítima e depois parou no painel do veículo”, explicou o delegado responsável pela investigação, Rui Pegolo.O delegado explicou que chegou até os acusados após identificar Silva. “Logo após o crime fomos ao local e descobrimos que Silva namorava uma prostituta que tinha uma casa na cidade de Rosana (SP). Ele estava lá. Conseguimos prendê-lo e ele confessou e denunciou os parceiros.” Pegolo acredita que outras pessoas possam reconhecer o trio. “A expectativa é que novas vítimas venham até a polícia para prestarem depoimento. Achamos também que podem haver outros membros dessa quadrilha de roubo de carro.”