A Secretaria de Saúde de Campinas abraçou ontem a nova campanha do Ministério da Saúde e intensificou a vacinação na cidade contra o sarampo
A meta é vacinar todas as crianças e adultos de até 49 anos que ainda não foram imunizados em Campinas (Cedoc/RAC)
A Secretaria de Saúde de Campinas abraçou ontem a nova campanha do Ministério da Saúde e intensificou a vacinação na cidade contra o sarampo. A meta é vacinar todas as crianças e adultos com até 49 anos, que estejam com as carteiras de vacinação desatualizadas. A campanha envolve todos os 66 Centros de Saúde do município e vai até o dia 31 de agosto. Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, a Pasta orienta os moradores a não deixarem de comparecer aos postos de saúde para tomar a vacina, já que as unidades estarão organizadas de maneira a garantir o distanciamento entre pessoas. Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), reforçou na tarde de ontem a importância da população se vacinar contra a doença. “As crianças devem tomar a chamada dose zero a partir dos seis meses. Depois, com um ano (doze meses) toma uma dose que, além do sarampo, protege da caxumba e da rubéola. Aos 15 meses, deve haver o reforço com a tetraviral, que protege também contra varicela”, disse ele. Além das crianças, pessoas com idades entre 30 a 49 anos também devem se vacinar, caso não tenham tomado a vacina anteriormente. “Se a pessoa perdeu a carteira de vacinação e não sabe se já tomou a vacina, ela só precisa ir até a unidade em que é atendida, porque o registro dela estará lá. Agora, se a pessoa perdeu o cartão e não sabe qual é a unidade, o melhor é tomar a vacina. Não tem problema nenhum”, garantiu ontem o secretário de Saúde de Campinas, Carmino de Souza. Números De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, Campinas registrou 17 casos de sarampo em 2020. Até o momento, não houve registros de morte pela doença. Em todo o Estado de São Paulo, já foram 711 casos e uma morte computada no ano. O óbito foi de uma criança na Capital, em fevereiro. Até 13 de julho, 83 cidades paulistas haviam registrado ao menos um caso de sarampo. Em 2019, o Estado foi o epicentro de um novo surto da doença no Brasil, com mais de 17 mil casos confirmados e 14 mortes confirmadas. O Estado não registrava casos da doença desde 1997. Em 2016, o Brasil chegou a receber da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. O que é o sarampo? O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral grave, transmitida pela fala, tosse e espirro, e extremamente contagiosa, mas que pode ser prevenida pela vacina. A enfermidade pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, particularmente em crianças menores de um ano de idade. O vírus fica incubado por um período de 7 a 18 dias e pode resultar em quadros graves como pneumonia, diarreia, encefalite, e até mesmo levar à morte.