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Prefeitura recua e suspende instalação de cerca na Lagoa do Taquaral

Estrutura poderia atrapalhar a ceva das capivaras, etapa necessária para captura e posterior esterilização dos animais

Da Redação
20/12/2024 às 09:25.
Atualizado em 20/12/2024 às 09:25

Prefeitura iniciou a retirada da cerca que já havia sido instalada em trecho da Lagoa do Taquaral, ação necessária para a conclusão do processo de manejo das capivaras que vivem no parque (Alessandro Torres)

A Prefeitura de Campinas anunciou ontem a suspensão da instalação do alambrado no corpo d'água da Lagoa do Taquaral e vai remover os 100 metros de cerca que já haviam sido instalados. A medida, de acordo com nota divulgada, é necessária por conta do manejo de capivaras que está em curso no parque. O guarda-corpo pode dificultar a ceva (alimentação controlada em locais e horários específicos) dos animais, etapa que antecede a captura para esterilização. 

O manejo começou em 26 de setembro na Lagoa. O objetivo é o controle reprodutivo das capivaras para reduzir o risco de infecção por febre maculosa. A doença é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida para as pessoas por meio da picada do carrapato-estrela, presente no ambiente e encontrado em diversos animais, inclusive nas capivaras. Até o momento foram esterilizadas 63 capivaras. Por se tratar de fauna silvestre, o manejo foi solicitado e submetido para análise da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), que aprovou o plano municipal. 

“É necessário suspender o projeto da instalação do alambrado para concluir o manejo das capivaras”, explicou o secretário de Serviços Públicos de Campinas, Ernesto Paulella. Segundo o secretário, o projeto do guarda-corpo será reavaliado e os materiais já colocados serão retirados e armazenados para recolocação em outros espaços. Quando anunciou a instalação, a Secretaria de Serviços Públicos alegou que a instalação do alambrado de 1 metro de altura tinha como objetivo melhorar a segurança dos usuários, em especial das crianças. 

ESTERILIZAÇÃO DAS CAPIVARAS 

Após o surto de febre maculosa que atingiu Campinas em 2023 e provocou a morte de sete pessoas, o município intensificou as ações de combate ao carrapato-estrela, transmissor da doença. As capivaras são hospedeiras do carrapato. Em setembro deste ano começou o trabalho de manejo para controle reprodutivo das capivaras. O objetivo é combater a transmissão da doença por meio da redução de nascimentos de filhotes de capivaras em parques públicos. 

O primeiro lugar a receber a esterilização dos animais é justamente o Parque Portugal. Nesta fase do projeto serão esterilizadas aproximadamente 200 capivaras que vivem no parque, no Lago do Café, Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim e Parque das Águas. A gestão do projeto é da Secretária do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas).

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