infraestrutura

Prefeitura quer UPA aberta em novembro

A UPA Carlos Lourenço, que está pronta desde 2017 e nunca foi entregue, finalmente tem confirmada a data de sua inauguração

Francisco Lima Neto
02/08/2019 às 07:48.
Atualizado em 30/03/2022 às 19:07

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Carlos Lourenço, que está pronta desde 2017 e nunca foi entregue, finalmente tem confirmada a data de sua inauguração: 4 de novembro. A novidade foi anunciada ontem, porque a unidade vai receber aporte de R$ 3,5 milhões em emendas parlamentares. A previsão é que sejam necessários entre R$ 1,8 milhão e R$ 1,9 milhão para o custeio mensal dessa unidade. As obras da UPA estão prontas desde maio de 2017, mas a unidade não entrou em funcionamento porque a Administração Municipal sempre alegou falta de recursos para equipar o prédio e manter os atendimentos. O Governo Federal repassa até R$ 500 mil por mês, mas é preciso que a UPA seja habilitada. “Era isso que estava pegando até agora. Não viabilizava recursos”, disse Marcos Pimenta, diretor da Rede Mário Gatti de Urgência e Emergência. A habilitação para o recebimento dos recursos federais só ocorre depois que a unidade já estiver operando. Os outros R$ 1,3 milhão ou R$ 1,4 milhão têm de ser custeados pela Prefeitura. “Agora aguardamos algumas emendas de R$ 3,5 milhões para o custeio e investimento, que é a compra de equipamentos e materiais. Esse valor vai ser para equipar a UPA e contratar as empresas para os atendimentos nos meses de novembro e dezembro”, explica Pimenta. Essa UPA faz parte da Rede Mário Gatti. Pimenta adiantou que a Administração já está trabalhando para garantir recursos para manter a unidade em funcionamento em 2020. Segundo o presidente da Rede Mário Gatti, os pacientes da região do Jardim Carlos Lourenço acabam buscando atendimento no pronto-socorro do Mário Gatti, Unicamp e em Valinhos. “Calculamos que no início da operação, deva desafogar de 10% a 15% da procura no Mário Gatti, Unicamp e Valinhos, avalia. O atendimento será escalonado na abertura. Com atendimento 24 horas de segunda a sexta. Aos finais de semana o local ficará fechado. No início haverá apenas atendimento adulto. A expectativa é que sejam realizadas 12 mil consultas por mês. Apesar de ser somente a clínica médica nesse começo, ali vai ter raio X, laboratório, observação, estrutura completa. Quando tiver pediatria e funcionando os sete dias da semana, deve ter de 20 mil a 22 mil consultas por mês”, adianta Pimenta. Ainda segundo ele, a maior parte do dinheiro das emendas já foi liberado. Centro de Queimaduras recebe verba O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), anunciou ontem a liberação, pelo Governo Federal, de uma verba de R$ 3,7 milhões para o custeio de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) do Centro de Tratamento de Queimaduras (CTQ). Atualmente, o município investe cerca de R$ 500 mil mensais, o equivalente a R$ 6 milhões. Com o repasse do montante, reduzirá em mais da metade o valor pago pela Prefeitura, cuja contrapartida cairá para R$ 150 mil mensais. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). O CTQ foi inaugurado em 2015 e começou a funcionar em 2016. Está instalado na Santa Casa - Hospital Irmãos Penteado e conta, por enquanto, com 12 leitos, Centro Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ambulatório. O local está preparado para 20 leitos. A unidade cuida, ainda, da reinserção dos pacientes na sociedade, trabalho este necessário e delicado uma vez que as vítimas de queimaduras apresentam sequelas físicas e psíquicas. Antes da implantação do CTO, os pacientes de Campinas eram encaminhados para Limeira, a 60km da cidade. As demais unidades estão a mais de 100km e ficam em Bauru, São Paulo ou Ribeirão Preto. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, entre 2015 e 2016, Campinas registrava cerca de 75 vítimas de queimaduras por mês, sendo cinco delas graves. A maioria dos acidentes acontecia dentro de casa, na cozinha e no quintal e aumentava os números nas férias escolares. Para a implantação da unidade, foram investidos R$ 3 milhões na construção e compra de equipamentos. Os recursos foram viabilizados por meio de uma parceria da Santa Casa de Misericórdia, Sociedade de Abastecimento e Saneamento S/A (Sanasa), Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), Aeroporto de Viracopos, Rumo Logística, MRV, Shopping Iguatemi e Bradesco. (Alenita Ramirez/Da Agência Anhanguera)

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