Liberação ao tráfego seria por dois anos, até conclusão de Avenida Guilherme Campos
Acesso fechado dificulta a chegada em hospital e universidades (Leandro Ferreira/AAN)
O impasse entre a Prefeitura de Campinas e a Rota das Bandeiras está longe de uma solução. A concessionária fechou o acesso da Rodovia D. Pedro I ao Parque das Universidades no início do mês como medida de segurança na via e para a realização de obras da marginal da pista.
De um lado, o secretário de Gestão e Controle, Flávio Henrique Costa Pereira, diz que ainda há recursos que serão discutidos com a Agência Reguladora de Transportes (Artesp) para manter o acesso.
De outro, a concessionária informa que o bloqueio da atual entrada ao bairro é necessário para a execução das obras das marginais da D. Pedro I e estava contemplado antes mesmo da assinatura do contrato de concessão da rodovia.
Costa Pereira disse nesta terça-feira (12) que ainda nesta semana vai enviar um ofício para a Artesp pedindo a liberação provisória do acesso por um período máximo de dois anos, tempo necessário para a conclusão do prolongamento da Avenida Guilherme Campos até um dos portões da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), garantindo também melhor acesso à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e ao bairro, o que reduziria o impacto do trânsito, como antecipou a coluna Xeque-Mate, do Correio, no último domingo (10).
“Já tivemos negativas da Artesp nesse sentido de liberar o acesso temporariamente. Mas, agora, há uma nova visão na agência para que seja fechado definitivamente somente depois da construção do prolongamento da Avenida Guilherme Campos. Então, vamos enviar o ofício para discutir novamente a questão”, disse o secretário, que esteve na última sexta-feira (8) na Artesp para tratar do assunto.
Costa Pereira afirmou que entende a necessidade do fechamento do acesso enquanto a concessionária realiza obras na marginal, o que deve durar cerca de 60 dias. Porém, após essas obras, o acesso voltaria a ser liberado até a conclusão da extensão da Guilherme Campos até a PUC-Campinas.
“Nós entendemos que esse acesso foi fechado depois da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2008 pela concessionária, pelo Ministério Público (MP) e pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), para que fosse construída a marginal que dará maior fluidez do trânsito na rodovia. Entretanto, a Prefeitura não participou desse TAC”, disse, lembrando que naquela ocasião não foi feito um estudo sobre o impacto do trânsito com os desvios.
“Agora, queremos resolver o problema o mais rápido possível. Sabemos que o acesso ao Parque das Universidades deixava o trânsito na Rodovia D. Pedro meio confuso, com diminuição da velocidade na via e com risco de acidentes. Mas, por questões de bom senso e razoabilidade, o acesso poderia ficar aberto até a conclusão do prolongamento. Acredito que vamos conseguir um diálogo.”
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